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Trabalhadores fazem protesto contra a alta da Selic

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Bancários, ao lado de representantes de diversas categorias, estarão em Brasília, no dia 26, para cobrar que taxa de juros para de subir e por mais investimentos no país
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São Paulo – Nos dias 26 e 27 de novembro o Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se pela última vez em 2013 para definir os novos rumos da taxa básica de juros da economia, a Selic. Nas cinco reuniões anteriores, o Copom elevou a taxa de juros, que passou de 7,25% para 9,5% ao ano entre abril e outubro de 2013, aumento de 2,25 pontos percentuais na taxa que corrige boa parte da dívida pública brasileira.

Para protestar contra esse quadro, que penaliza os trabalhadores e só favorece banqueiros e investidores, o Sindicato estará ao lado da CUT, em Brasília, em um grande ato em frente à sede do Banco Central, no dia 26. A data e o local foram escolhidos justamente por serem referentes à última reunião do Copom.

“Os bancos são os principais beneficiários dessas elevações da Selic. As instituições financeiras detêm cerca de 30% da dívida pública e são altamente remuneradas com a elevação dos juros. O dinheiro vai para pagar banqueiros e investidores. É preciso mais investimento no país, na construção de estradas, hospitais e melhoria no transporte público, por exemplo”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

“Quando a Selic é elevada isso serve para que os bancos elevem também o que cobram de consumidores e empresas. Desde dezembro do ano passado, a taxa de juros média da economia brasileira passou de 18% para 19,5% ao ano. Para pessoa física, subiu de 24,3% para 25,5% ao ano. Por todas essas razões é muito importante que o Copom interrompa o ciclo de alta na Selic para que a economia possa voltar a crescer a um ritmo mais elevado.”

Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, faz coro: aumentar taxa de juros é transferir renda da produção para a especulação, para o sistema financeiro. “E com isso nós não concordamos. No dia 26, temos o compromisso de mais de 20 mil trabalhadores em Brasília. Queremos mais dinheiro no bolso do trabalhador, para que ele possa consumir mais. Consumindo mais, a indústria produz mais e gerará mais emprego. Esse é o caminho do crescimento. Isso que o Lula nos ensinou nesses últimos anos”, finaliza.


Redação - 22/11/2013

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