Pular para o conteúdo principal

Em tempos de reservar água, atenção ao mosquito

Linha fina
Ministério da Saúde e prefeitura de São Paulo reforçam necessidade de combate a criadouros do Aedes Aegypti para evitar a dengue e a chikungunya
Imagem Destaque

São Paulo – O Ministério da Saúde e a Prefeitura de São Paulo já estão se movimentando para combater o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue e também da chikungunya. Neste ano, devido à crise de abastecimento no estado de São Paulo, a preocupação aumenta já que a população está sendo obrigada a reservar água.

Mesmo nos menores locais, como tampinhas de garrafa, água parada é um dos principais criadouros do Aedes Aegypti, ao lado do mal manuseamento do lixo.

Casos – Os sintomas da chikungunya são parecidos com o da dengue: febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema (erupção cutânea) e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue.

O Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de outubro, elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios, revela que 117 municípios estão em situação de risco, outros 533 estão em alerta e 813 cidades têm índice satisfatório.

A cidade de São Paulo está entre as 813 satisfatórias. Apesar disso, o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou a necessidade de não se baixar a guarda. “Se o município parar de agir, a população de mosquito pode crescer.”

Como no estado de São Paulo houve aumento dos casos de dengue, a prefeitura da capital reforçou o trabalho dos 2,5 mil agentes de zoonoses. O prefeito Fernando Haddad deu o alerta: “todo cuidado é pouco e todo mundo conhece: o mosquito se prolifera em água parada, portanto nós temos que tomar muito cuidado com a crise hídrica e com o surto que houve no estado em 2014. O estado de São Paulo foi tomado pela dengue e a cidade de Campinas sofreu agudamente com a crise; então, se nós não quisemos viver em São Paulo 2015 o que Campinas viveu em 2014, temos que cuidar; você pode armazenar [água], mas jamais sem cobrir o recipiente que está armazenando a água”.

Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam 188.922 casos confirmados até o final de outubro. Na capital, foram 27.721 casos contraídos no município, sendo 98,6% no primeiro semestre de 2014, com 12 óbitos. A taxa é de 246,3 casos para cada 100 mil habitantes.

Combate – A Secretaria Municipal de Saúde adotou duas novas estratégias para o combate às doenças. Uma estabelece que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar em até 24 horas a notificação compulsória dos casos suspeitos. A segunda cria comitês locais de prevenção em cada uma das subprefeituras, para fortalecer o contato com a comunidade.


Redação - 18/11/2014

seja socio