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Metrô censura campanha contra terceirização

Linha fina
Vídeo do Sindicato, na TV Minuto, chegou a ser veiculado na quinta-feira, mas teve exibição suspensa também pela SPTrans na sexta-feira sob alegação de “cunho político”
Imagem Destaque
Redação Spbancarios
4/11/2016


São Paulo – Quando o direito à informação é suprimido, isso pode ser chamado de censura. E foi o que ocorreu na sexta-feira 4, quando o Metrô suspendeu a veiculação de um vídeo produzido pelo Sindicato para esclarecimento à população sobre os riscos da liberação da terceirização.

O filme chegou a ser veiculado nos trens e nas estações do Metrô e em ônibus da SPTrans na quinta-feira 3 (clique aqui para assistir), mas teve a exibição suspensa sob alegação de “cunho político”. São 15 segundos nos quais são exibidas imagens dos direitos que correm risco diante da votação que ocorrerá no Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira 9. O STF definirá com repercussão geral – ou seja, o que for definido valerá para todas as decisões sobre o assunto – recurso da Celulose Nipo Brasileira S/A (Cenibra) contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho que estabeleceu como “transferência fraudulenta e ilegal” de mão de obra, com o “nítido propósito de reduzir custos de produção” a contratação de trabalhadores terceirizados para sua atividade-fim. Se o STF julgar que o que a Cenibra fez não é ilegal, cai a Súmula 331 do TST e estará liberada a terceirização de todo tipo de atividade no país.

O vídeo alerta contra os riscos da liberação da terceirização e alerta a população para que cobrem dos ministros do STF respeito aos direitos dos trabalhadores.

“A votação já será na quarta-feira dia 9, ou seja, a suspensão da veiculação prejudica muito a campanha de esclarecimento à população que era o objetivo principal do Sindicato”, afirma a secretaria de Imprensa da entidade, Marta Soares. “Lamentamos essa posição do Metrô e da SPTrans que deliberadamente  boicota o acesso a informação, como também o faz a grande mídia. Situação que pode ser comparada ao pior tipo de censura já vivido por nossa sociedade e se soma a tantos outros retrocessos vividos pelos brasileiros nos últimos tempos”, completa a dirigente sindical.
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