São Paulo – A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu, na terça-feira 21, com o banco para começar as discussões sobre o termo aditivo à CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) que regulamenta a criação de centros de realocação e requalificação profissional, conforme previsto na Cláusula 62 da CCT 2016/2018, assinada pelo Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em 25 de setembro.
Ficou definido que os trabalhadores irão criar um grupo de monitoramento do andamento das realocações e reclassificação, como já aconteceu na compra do Unibanco. O grupo volta a existir, principalmente, pela compra do Citibank, fechada este ano.
“É importante manter esse canal de diálogo, na mesa de negociação, para qualquer ponto que o banco for implementar. Principalmente agora, com as mudanças que possam surgir depois da Reforma Trabalhista”, afirmou Jair Alves, coordenador do COE Itaú.
Outro tema debatido foi a cláusula 65, que trata do adiantamento emergencial de salários nos períodos transitórios de afastamento por doença. As partes entendem que este tema já começou a ser debatido na mesa permanente do GT de saúde e deve continuar assim.
Os representantes também cobraram do banco mais informações sobre o nível de emprego. Antes de iniciar essa apresentação, os representantes do Itaú informaram mudança na direção da área responsável pela negociação com os trabalhadores.
Em relação ao emprego, o banco disse que o número de turnover, que é a medição da rotatividade de pessoal, que leva em conta o giro de entradas e saídas de funcionários, caiu de dois dígitos para 9%. Para os trabalhadores, o número ainda é muito alto e o ideal é que fosse zero.
Para o próximo encontro, dirigentes sindicais reivindicaram um mapa geral do Citibank, com número de funcionários, cargos e áreas, para poder acompanhar com transparência a incorporação. Ainda será definida uma agenda sindical para o ano que vem, com reuniões mensais com a direção do banco.