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Chapéu
CENTRO TECNOLÓGICO

Mais mudanças na Compensação do Itaú; Sindicato cobra negociação

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Sindicato reivindica realocação dos bancários do setor que deverá sofrer nova redução ou até extinção por causa do novo sistema de retenção de cheques nas agências
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Foto: Danilo Ramos

São Paulo – A área de Compensação do Itaú, localizada no Centro Tecnológico (CT), enfrenta um processo de reestruturação e modernização de serviços, resultando em prejuízos aos trabalhadores como diminuição de postos de trabalho e redução salarial. Recentemente foram implantadas novas mudanças: desde 6 de novembro, cheques liquidados no caixa estão sendo retidos na própria agência ao invés de serem enviados ao departamento. O que leva à conclusão de que o volume de serviços irá diminuir.

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Segundo o Sindicato apurou, até fevereiro de 2018 todas as agências do Itaú deverão contar com sistema de retenção de cheques, incluindo os de outros bancos. Os cheques que apresentarem problemas, como falta de fundos, serão devolvidos ao cliente que o depositou.
O Sindicato cobra há anos abertura de um processo sério de negociação sobre as mudanças na área – que são apenas anunciadas pelos gestores, ou denunciadas pelos trabalhadores –, mas o Itaú sempre negou.  
 
“Esse tema é sempre pauta das reuniões, e a resposta padrão do banco é que o diálogo será mantido, porém as mudanças são informadas em cima da hora, sem espaço para negociações, ou simplesmente sequer são informadas, e o Sindicato só fica sabendo delas por meio de denúncias dos trabalhadores. Isso não é processo negocial, é imposição”, protesta a dirigente sindical e bancária do Itaú Valeska Pincovai.
 
Questionado a respeito, o Itaú garantiu que não haverá demissões no setor. “Mas a diminuição do serviço  inevitavelmente reduzirá o quadro de trabalhadores. Sabemos que a implantação de novas tecnologias é inevitável, mas o banco pode e deve tornar o processo menos traumático, negociando realocações com o movimento sindical, informando as mudanças aos trabalhadores, e abrindo a eles possibilidade de participação para sugestões de alternativas”, enumera Valeska.
 
“Dessa forma seria implantado um processo de negociação séria e, principalmente, com respeito aos trabalhadores que se dedicam inclusive com a construção dessas mudanças e contribuindo para que o banco seja moderno e eficiente”, ressalta a dirigente.

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