Na edição do programa de webtv Momento Bancário, a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, conversa com a advogada Lúcia Noronha, do escritório Crivelli Advogados Associados, sobre a MP 905, de Bolsonaro e Paulo Guedes, que ataca diretamente os direitos da categoria bancária. O programa foi disponibilizado nesta segunda 25, no canal do Youtube e também no Facebook.
O Comando Nacional dos Bancários está reunido na manhã desta terça-feira 26, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir a Medida Provisória 905.
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No programa, a advogada ainda explica que a MP 905, criada na segunda-feira 11 pelo governo Bolsonaro, é inconstitucional e atende especificamente o pedido dos empresários ao retirar direitos dos trabalhadores, em especial da categoria bancária. "Ela é uma burla porque você não pode reeditar uma Medida Provisória rejeitada. E isso é feito sistematicamente por este governo. Ele apresenta uma medida, ela não é aprovada, ele vai lá e insere na próxima", destaca.
Ainda no mesmo programa, a advogada fala sobre o prejuízo que o bancário terá ao aceitar às 8 horas de trabalho diários, a liberação do trabalho aos domingos e os reflexos para a vida pessoal, além de como será a negociação da PLR diretamente com o patrão.
"Bancário, você terá prejuízos na sua vida. Quando você trabalha 8 horas, você pode eventualmente, questionar a 7ª e a 8ª horas, a não ser que tenha cargo de função. E com essa MP, essa possibilidade não existirá mais porque a carga passará a ser de 8 horas. E se você ainda tiver que trabalhar aos sábados e domingos para cumprir a jornada de 44 horas semanais, terá também prejuízos familiares. Aqui no Sindicato de São Paulo, nós temos um acordo específico para esses trabalhadores com previsões mais favoráveis sem causar muitos prejuízos a esse trabalhador. E, com essa medida, a saúde ficará afetada, o convívio social ficará comprometido, as confraternizações famíliares e os cultos religiosos ficarão compretidos", explica Noronha.
O que você pode fazer?
Bancárias e bancários devem pressionar deputados e senadores para que votem contra a MP 905, segundo orienta a advogada. "Nós já temos mais de 60 emendas. Como se não bastasse a medida em si já ser ruim, os deputados apresentam outras emendas que prejudicarão ainda mais", esclarece Lucia Noronha.
"Além da pressão do Sindicato à Fenaban para que cumpra o acordo de dois anos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), é preciso que a categoria também pressione seus deputados e senadores para que votem contra essa emenda", convoca Neiva Ribeiro.
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