A pandemia do coronavírus afetou profundamente milhões de brasileiros. A crise sanitária, econômica e social causada pela covid-19 mantém mais de 14 milhões sem emprego. E com o fim dos pagamentos do auxílio emergencial em dezembro, já anunciada pelo governo federal, a situação tende a se agravar ainda mais.
Dados divulgados pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) em julho revelam que a fome voltou a aumentar no Brasil. Entre 2017 e 2019, portanto antes de a pandemia do coronavírus surgir, as pessoas em insegurança alimentar no Brasil eram 43,1 milhões.
Um outro dado, divulgado em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a fome no Brasil chegou a 10,3 milhões de pessoas, sendo 7,7 milhões de moradores na área urbana e 2,6 milhões na rural, de acordo com a primeira parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), compilada pelo órgão federal.
“Diante desta situação calamitosa, é urgente que toda a sociedade se mobilize para enfrentar a fome e a miséria que atinge grande parcela da sociedade brasileira. Por isso, pedimos aos bancários em especial da zona norte que doem alimentos ou dinheiro para o Instituto Rosa dos Ventos, que atende famílias em extrema vulnerabilidade nos bairros das zonas Norte e Noroeste de São Paulo, em especial a Vila Brasilândia”, convoca Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
O objetivo do Instituto Rosa dos Ventos é atender as famílias cadastradas com cestas básicas, produtos de higiene, limpeza e álcool em gel. Junto com máscaras para cada membro da família, são entregues orientações de como se prevenir do coronavírus.
“Até o momento, mais de 4 mil famílias estão cadastradas e foram distribuídas 5,6 mil cestas. A campanha foi tão exitosa que recebeu apoio da Sabesp, da Eletropaulo e da Sodiê Doces. Por meio destas empresas, entregamos 500 caixas d'água nas comunidades e cadastramos famílias de baixa renda em programas de contas solidárias da companhias de água e energia”, conta Adilson Sousa, coordenador de programas sociais do IRV.
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