Foi aberto, na manhã deste sábado 19, o 12º Congresso da Fetec/CUT-SP.
Estiveram na mesa de abertura do congresso, representando a Comissão Organizadora, Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região; Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato; Aline Molina, presidenta da Fetec/CUT-SP; Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT; Angelo Di Cristo, presidente da UNI Finanças Mundial; Daniel Bispo Calazans, secretário-geral da CUT-SP; Edson Carneiro, o Indio, representando a Intersindical; e Gheorge Vitti Holovatiuki, presidente do Seeb ABC.
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O tom das saudações iniciais da mesa de abertura do 12º Congresso da Fetec/CUT-SP foi de esperança e disposição para “Reconstruir o Brasil e lutar por nossos direitos”, mote do Congresso.
“Esse Congresso é diferente do de 2018. Outro momento. É um momento em que de novo as mulheres, os negros, os homossexuais, os indígenas, começam a repensar qual é o meu espaço e começam a tomar conta de novo do espaço. Vamos ocupar tudo de novo e fazer tudo de novo. Temos uma nova esperança”
Ivone Silva
“Estamos muito felizes de estarmos fazendo esse Congresso após toda a luta que nós fizemos. Não foi só uma eleição. Foi uma luta em defesa da democracia. Nós fizemos uma luta linda contra o ódio. Vencemos as fake news, a milícia, o ódio. Nos colocamos a disposição para reconstruir o país”
Neiva Ribeiro
“Passamos 2016, com golpe de estado contra a Dilma, contra a democracia, misógino. Em 2017 enfrentamos a reforma trabalhista. Em 2018, Lula é preso e Bolsonaro é aleito. E nós resistimos e mantivemos os direitos da categoria bancária. E o golpe seguiu até dia 30 de outubro, quando fomos para cima deles e ganhamos. Mas o que nós ganhamos foi o direito de sonhar. Temos muita luta pela frente”, enfatizou Aline Molina.
“Fizemos uma boa campanha salarial, elegemos Lula, deputados, mas temos que avançar ainda mais. Não podemos de forma alguma abandonar as ruas e as redes”, alertou Juvandia Moreira.
Na sua fala, Angelo Di Cristo, presidente mundial da UNI Finanzas, destacou a importância do movimento sindical brasileiro para os trabalhadores de todo o mundo. “Sim, se pode defender a democracia. Sim, se pode. Temos aqui um exemplo para todos os sindicatos do mundo. A vitória do Lula é uma esperança para todos os trabalhadores do mundo. Na Itália, meu país, venceu a extrema-direita, os filhos de Mussolini, pois não temos memória do que se passou. Mas a vitória de Lula é uma esperança. O movimento sindical brasileiro é muito importante para todo o mundo”.
Daniel Calazans, secretário geral da CUT-SP, celebrou a mobilização ferrenha em defesa dos trabalhadores e de todos os excluídos da sociedade brasileira. "Estamos diante de uma delegação de bancários e bancárias que são uma inspiração de organização para todo o país".
Já Edson Carneiro, o Índio, que já foi dirigente da Fetec-CUT/SP há 30 anos, disse que o povo brasileiro inaugurou um novo momento do país com a eleição de Lula. "Fomos um ‘bunker’ de extrema direita mundial e a derrota de Bolsonaro é um grande feito para toda a classe trabalhadora, mas, acima de tudo, um feito para a humanidade (...) Temos uma chance extraordinária de fazer mudanças históricas no país, com Lula eleito defendendo os bancos públicos, as estatais, os direitos trabalhistas e, mais importante, extirpar a fome do país".
Gheorge Vitti, presidente do Seeb ABC, membro da Comissão Organizadora do Congresso, homenageou os companheiros que partiram, e lembrou que a história da Fetec-CUT/SP é de muitas conquistas. "Levamos a bandeira da democracia e da dignidade para trabalhadores de todas as categorias. Uma das grandes marcas das gestões da Fetec é essa imensa unidade que nos permite avançar na luta."
Por fim, Aline Molina dedicou o 12º Congresso da Fetec/CUT-SP aos mortos pela omissão do governo federal na pandemia, que atrasou a compra das vacinas.
"Dedico o Congresso às 450 mil pessoas que morreram por conta da vacina de Bolsonaro não comprou. Isso não pode passar impune. E vamos pra cima até que a justiça seja feita por eles. O Brasil foi sequestrado, então, nossa luta agora é resgatar nosso país que foi extremamente ferido nesses últimos anos", finalizou a presidenta da Fetec-CUT/SP.