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Chapéu
UNI Américas Jovem

Sindicalistas da América Latina debatem plataformização do trabalho

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Print da tela do computador do workshop da UNI Américas que debateu plataformização do trabalho

Sindicalistas de diversos países da América Latina reuniram-se com o objetivo de debater soluções para a plataformização do trabalho. O encontro foi realizado pela UNI Américas Jovem, nesta terça 21.

Plataformização do trabalho é o termo que caracteriza a função profissional realizada por meio de empresas-plataforma, como Uber e Ifood. Também pode ser classificado no termo o trabalho realizado remotamente, conhecido como home-office ou teletrabalho.

O excesso da carga de trabalho, a indefinição da carga horária e a dificuldade em manter uma rotina e a precarização do trabalho por meio da inexistência de direitos trabalhistas e previdenciários são exemplos de dificuldades enfrentadas por trabalhadores plataformizados.

“A plataformização, sobretudo por meio de aplicativos como Uber e Ifood, estão instituindo uma nova forma de exploração da mão de obra. Nesse modelo, o trabalhador não possui um vínculo empregatício com a empresa e é somente um prestador de serviços. Todos os riscos e responsabilidades característicos da função são transferidos para o empregado que presta o serviço, sem que este tenha a garantia de nenhum direito trabalhista e previdenciário”, enfatiza Mônica Akemi Kazihara, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo pelo Bradesco e coordenadora do coletivo de juventude.

Durante o Workshop, Eli Mosquera, do Observatório da Plataformização do Trabalho do Equador, mostrou vários dados sobre esse fenômeno cada vez mais comum, responsável por retirar direitos trabalhistas, e como jovens e mulheres pobres, indígenas e pretas são mais atingidas.

Pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, além de Mônica Akemi, participaram do workshop os membros do Coletivo da Juventude Gleice Pereira (dirigente pelo Itaú), Diego Carvalho (dirigente pelo BB); Matheus Pinho (dirigente pelo Bradesco), Susana Cordoba (dirigente pelo Santander); além de Lucimara Malaquias (dirigente pelo Santander e presidenta da UNI Américas Jovem).

“A participação dos sindicatos em debates como este é importante e necessário para que os representantes dos trabalhadores possam responder a demandas deste tempo e de um mundo do trabalho que está em transformação. E nós precisamos construir propostas que respondam aos ataques dessas mudanças, reforçando sempre nossos princípios e valores como a defesa do emprego decente, da negociação coletiva e da representação sindical.”

Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato e bancária do Santander”, afirma Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato e presidenta da UNI Américas Jovem

A UNI Global Union é um sindicato mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todo o mundo, ao qual o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região é filiado. A UNI Américas é o braço continental da UNI Global Union.

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