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Casos de feminicídio aumentam e Sindicato amplia ações em defesa das mulheres

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Casos de feminicídio aumentam e Sindicato amplia ações em defesa das mulheres

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, é uma data de denúncia, mobilização e resistência. Criada para lembrar o assassinato das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa) pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana, e instituída oficialmente pela ONU em 1999, a data reforça a necessidade de políticas públicas e ações efetivas para erradicar todas as formas de violência de gênero.

No Brasil, o cenário é alarmante. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho de deste ano, o país registrou 1.492 feminicídios em 2024. Esse foi o maior número desde a criação da lei que tipificou o crime, em 2015. A média é de quatro mulheres mortas por dia, e a taxa de feminicídios aumentou 0,7% em relação a 2023.

Diante desse quadro, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região vem ampliando seu papel ativo na defesa das mulheres, dentro e fora dos locais de trabalho. A entidade atua por meio de cláusulas específicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), melhoradas a cada negociação, e de projetos permanentes de acolhimento e prevenção.

Entre os compromissos garantidos na CCT estão a política de combate ao assédio moral e sexual, a cláusula de repúdio à violência doméstica e familiar e o compromisso dos bancos em divulgar informações sobre os diferentes tipos de violência, incluindo física, moral, patrimonial, psicológica, sexual e virtual. Além disso, a CCT reforça a igualdade salarial entre mulheres e homens, um avanço importante no enfrentamento das desigualdades estruturais.

Um dos destaques da atuação do Sindicato é o Projeto Basta!, criado em 2019, que oferece atendimento jurídico gratuito e acolhimento psicológico a mulheres em situação de violência doméstica, sejam ou não bancárias. A iniciativa, pioneira na categoria, foi ampliada por meio da Contraf-CUT e hoje está presente em 13 sindicatos, alcançando 388 cidades em todas as regiões do país.

Para a presidenta do Sindicato, Neiva Ribeiro, a luta contra a violência de gênero é inseparável da defesa dos direitos trabalhistas e humanos: “O enfrentamento à violência contra a mulher precisa estar em todas as esferas: na sociedade, no ambiente de trabalho e nas relações pessoais. O Sindicato tem orgulho de ser referência nessa luta, garantindo políticas concretas de proteção e acolhimento às bancárias e a todas as mulheres que precisam de apoio.”

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