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Assédio moral assombra CA Vila Mariana do Itaú

Linha fina
Sindicato exige que sejam tomadas providências urgentes para acabar com os abusos da gestão do complexo administrativo
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São Paulo - Os bancários da unidade de conferência de cheques, no Centro Administrativo Vila Mariana do Itaú, mais uma vez enfrentam transtornos que os leva ao adoecimento. A rotina, segundo denúncias de bancários, está um caos por conta da pressão por metas e assédio praticados por uma gestora.

Segundo o dirigente sindical Sergio Lopes, o Serginho, devido ao grande número de conferência de cheques, que chega a 400 mil em determinados dias, a pressão exercida pelos supervisores leva os funcionários a grande tensão e, por consequência, ao erro. “São apenas seis segundos, no máximo, para conferir um cheque de pessoa física e até 15 segundos para conferir o de pessoa jurídica. A situação é desumana e se torna caótica diante da pressão abusiva”, relata Serginho.

O problema é antigo, havia acontecido em outra unidade e já foi denunciado ao banco. À época, a gestora foi transferida para esse local de trabalho. E agora, além dela, o assédio vem também de outros gestores.

“Exigimos solução urgente para proteger os funcionários que sofrem e estão adoecendo por conta das metas abusivas, muitos estão com LER/Dort”, alerta o dirigente sindical ao denunciar que funcionários são questionados constantemente cada vez que se levantam para tomar água ou ir ao banheiro.

O Sindicato entrou em contato com o departamento de relações sindicais. “A informação é que a gestora será reorientada”, relata Serginho. “No entanto, isso já foi feito e não tivemos nenhuma solução. Não vamos admitir que funcionários do Itaú, que já passam por diversos problemas como o enfrentamento das demissões e do processo de terceirização, tenham de tolerar desrespeito no local de trabalho com prática de assédio moral”, ressalta o dirigente.

Campanha – A campanha de valorização dos funcionários do Itaú, Esse cara sou eu!, foi relançada em novembro. O objetivo é cobrar do banco a abertura de canal para negociar as questões não atendidas desde em abril deste ano, quando foi lançada a campanha. Entre as exigências, está o fim do assédio moral e das metas abusivas.


Gisele Coutinho – 2/12/2013

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