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Trabalho escravo e trabalho infantil em debate

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Fórum de direitos humanos discutiu apontou que pelo menos 215 milhões de crianças trabalham no mundo
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Brasília - Os Direitos Humanos no Mundo do Trabalho foi um dos temas discutidos nesta quinta-feira 12, no Fórum Mundial de Direitos Humanos. O tema abrange assuntos como o trabalho escravo, a exploração do trabalho infantil e o preconceito que as mulheres ainda sofrem no mercado de trabalho. Também entrou em debate a luta dos trabalhadores rurais e urbanos pela conquista de seus direitos e suas relações de trabalho.

De acordo com Leonardo Sakamoto, jornalista e doutor em ciência política, a erradicação do trabalho escravo no Brasil requer uma mudança estrutural. “Trabalho escravo não é uma doença é um sintoma que algo não vai bem dentro do organismo. E que organismo é esse? A sociedade. [Isso] só vai acabar quando a gente mudar o nosso modelo econômico que passa, também, pela reforma agrária. A socialização por meio de produção no campo significaria pesar no bolso desse modelo que se aproveita dos trabalhadores”, disse Leonardo Sakamoto.

Pelo menos 215 milhões de crianças trabalham no mundo. Mais da metade dessas crianças são submetidas às piores formas de trabalho infantil, segundo ele. “Apesar da queda dos índices no Brasil e no avanço do combate a exploração de crianças no mundo, não estamos agindo com velocidade necessária para combater a violência e a miséria que empurra as crianças para essa condição de degradação” disse o jornalista.

Leonardo Sakamoto também ressaltou o preconceito que as mulheres ainda sofrem no mercado de trabalho. Segundo ele, poucas são as que conseguem chegar a cargos de chefia nas grandes empresas ou até mesmo em cargos políticos. Para as mulheres que chegam a esses postos, Sakamoto destacou que são submetidas a limitações em seu ambiente de trabalho. Para ele, isso é culpa da sociedade.

“É mais fácil viver algo determinado pelo passado do que tentar romper com a inércia que mantém cidadãos de primeira classe como: homens, ricos, brancos e heterossexuais. E de segunda classe como: mulheres, pobres, negras, índios, quilombolas e homossexuais. Todos nós temos responsabilidade em vista da formação que tivemos e é um longo caminho para se alcançar, para que se tenha decência com o sexo oposto”, completa Leonardo Sakamoto.


Agência Brasil - 12/12/13

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