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Ação de 24 anos contra Nossa Caixa prestes a acabar

Linha fina
Banco do Brasil, que incorporou instituição estadual, construiu com Sindicato proposta de pagamento aos bancários que soma cerca de R$ 100 milhões. Assembleia será no dia 11
Imagem Destaque
São Paulo – Uma ação judicial dos bancários contra a Nossa Caixa, que se arrasta na Justiça desde 1990, pode ser concluída antes do final de 2014. Após 24 anos, o Banco do Brasil – que incorporou a instituição estadual – construiu uma proposta de acordo com o Sindicato que prevê o pagamento de cerca de R$ 100 milhões aos bancários e ex-bancários listados na ação que trata de horas extras pré-contratadas.

Os trabalhadores definirão se aceitam ou não o acordo em assembleia a ser realizada no dia 11, na Quadra do Sindicato (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Mais detalhes serão informados ao longo desta semana pelo www.spbancarios.com.br e pela Folha Bancária.

Os bancários que quiserem saber se são beneficiários dessa ação poderão entrar em contato com a Central Telefônica do Sindicato, pelo 3188-5200, a partir da sexta-feira 5. Vale destacar que, por questões de segurança, confirmações serão passadas somente aos bancários e ex-bancários, que deverão informar número de CPF e da matrícula funcional da Nossa Caixa. Herdeiros poderão procurar a Central de Atendimento Pessoal do Sindicato (na Rua São Bento, 413, Centro/SP) entre os dias 8 e 10 de dezembro.

“O Sindicato está, durante todos esses anos, defendendo firmemente o direito dos bancários. Agora vai colocar à disposição dos trabalhadores toda estrutura para esclarecer dúvidas de forma que cada um vá para a assembleia seguro da sua participação no processo e apto para votar sobre o acordo”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Quem tem direito – Fazem jus à ação os bancários da extinta Nossa Caixa que tinham duas horas extras pré-contratadas. Foram excluídos pela Justiça, durante o andamento do processo, os trabalhadores que já eram comissionados – ou seja, já recebiam pelas horas a mais –, aqueles que faziam efetivamente seis horas, os que tiveram o contrato de trabalho suspenso ou que já tenham quitado o contrato de trabalho por transação judicial.

“Cada trabalhador tem sua história, por isso, os cálculos feitos pelo perito judicial levam em conta a função (salário) e o tempo de horas extras contratadas”, explica a diretora executiva do Sindicato e funcionária da Nossa Caixa à época, Raquel Kacelnikas. “O Sindicato avalia que este é um bom acordo, principalmente se levarmos em conta que o processo poderia se arrastar por mais tempo. Mas quem decide é o trabalhador, por isso é muito importante que todos os que têm direito, de acordo com o processo (com horas extras pré-contratadas entre outubro de 1986 e junho de 1990), participem da assembleia para definir se querem aceitar o acordo proposto pelo BB ou se pretendem manter a ação judicial”, ressalta a dirigente.


Cláudia Motta – 2/12/2014
 
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