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Houve avanços no combate ao câncer no Brasil

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Conclusão é de estudo da revista britânica The Lancet, segundo o qual houve no país aumento de 90% na taxa de sobrevivência de doentes de câncer de mama e próstata a partir do diagnóstico
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Brasília – O Brasil aumentou a sobrevida de pacientes diagnosticados com câncer de mama e de próstata, que estão entre os mais comuns no mundo. Os dados foram apresentados esta semana pelo estudo Concord-2 da revista de saúde inglesa The Lancet, que avaliou mais de 23,3 milhões de pessoas em 67 países. A pesquisa atribui o resultado brasileiro à expansão do acesso da população aos serviços de saúde, exame e tratamento.

Segundo o estudo, a taxa de sobrevivência para o câncer de mama no Brasil aumentou de 78%, em 2000, para 87%, em 2005, mesmo percentual registrado em países como os Estados Unidos. Para o câncer de próstata, o índice foi ainda maior, chegando a 96% de sobrevivência, mais que o dobro se comparado à chance de sobrevivência no mundo, que é de 40%.

O diagnóstico precoce associado ao tratamento eficaz da doença foi apontado pelo Concord-2 como o principal avanço do Brasil. Para o câncer de mama, o aumento de sobrevida deve-se à redução na mortalidade pós-operatória com tratamento adequado. Já no caso do tumor de próstata, a melhoria foi relacionada diretamente à maior oferta do exame conhecido como Antígeno Prostático Específico (PSA), teste de sangue usado no diagnóstico da doença.

“O estudo reforça a importância da expansão da oferta de exames e do tratamento adequado. No caso do Brasil, sem dúvida, a existência de um sistema público de saúde foi fundamental para os avanços apontados pela revista inglesa. O governo federal tem investido não só na oferta de serviços no SUS, mas também na inclusão de medicamentos mais modernos”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

SUS – O investimento do Ministério da Saúde na assistência oncológica cresceu quase 40% em três anos, totalizando R$ 2,8 bilhões em 2013. A expansão dos recursos resultou no maior acesso ao diagnóstico precoce e tratamento, bem como inclusão de medicamentos mais modernos (seis novos medicamentos passaram a ser oferecidos no SUS desde 2011, como Imatinibe, Trastuzumabe e Asparaginase).

Houve um aumento de mais de 20% na realização de radioterapia e quimioterapia entre 2010 e 2013, chegando a 10 milhões de procedimentos radioterápicos e 2,7 milhões de quimioterapia. Atualmente, o SUS oferta tratamento oncológico em 283 unidades hospitalares em todo país.


Agência Saúde, com edição da Redação – 1/12/2014
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