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Sindicato em dia de luta contra a Aids

Linha fina
Em atividades como seminário para idosos, panfletagem e distribuição de preservativos nas ruas, entidade orienta sobre prevenção e lembra que discriminar faz mal à saúde
Imagem Destaque
São Paulo – O Sindicato distribuiu orientações e camisinhas, no centro da capital, no Dia Internacional de Luta Contra a Aids, na segunda-feira 1. Simultaneamente, um seminário para tratar do tema “Aids e a pessoa idosa” ocorreu no Edifício Martinelli, na sede da entidade.

O panfleto “Discriminar faz mal para a saúde” trouxe informações sobre formas de contágio e a maneira correta do uso de preservativo. Camisinhas foram fartamente distribuídas à população na Praça do Patriarca.

Já no Sindicato, seminário promovido junto com a Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo (Abaesp) abordou o crescimento do acometimento da doença em idosos, com a palestra “Idosos, Sensualidade e Aids”, apresentada pela psicóloga clínica Vanessa Abdo Benaderet.

Prevenir – De acordo com o Secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Dionísio Reis, as grandes corporações farmacêuticas, preocupadas com seus exorbitantes lucros, deixam a prevenção de lado.
“Para nós trabalhadores, o que interessa é a prevenção, o melhor remédio. Também queremos conscientizar as pessoas de que a luta é contra a Aids, não contra quem infelizmente contraiu o vírus. Somos contra qualquer tipo de discriminação”, destaca Dionísio.

Já a Secretária de Relações Sindicais e Sociais Maria Rosani, ao apontar que os médicos demoram a diagnosticar os idosos com o vírus, afirma: “Não é por que a pessoa se aposentou do trabalho que tem que se aposentar da vida sexual. Hoje tem Viagra e os idosos têm que se cuidar porque a Aids não escolhe.  Quem está na terceira idade tem que tomar o cuidado para não ser escolhido”, disse.

 

Para a palestrante Vanessa Benaderet, há dificuldades sobre como tratar o tema com os mais velhos. “Já passaram por muita coisa, já sabem de tudo e, muitas vezes, como os adolescentes, tomam atitudes arrogantes diante dessa séria questão”, afirma.

A apresentação da psicóloga foi recebida com muito interesse por frequentadores de entidades e associações de terceira idade, que lotaram o Auditório Azul do Sindicato. Problemas comuns como, por exemplo, viúvas ou separadas que vão namorar e têm vergonha de levar camisinha na bolsa foram abordados e francamente discutidos.

“Quantas de vocês não foram as primeiras a usar minissaia? É preciso lembrar do que vocês são, tomar pílulas diárias de felicidade e se cuidar. Pensem que a camisinha é como um remédio para pressão. É prevenção, não palavrão”, incentivou a palestrante.


Mariana Castro Alves – 1/12/2014
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