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Verão chegou, mais atenção ao Aedes aegypti!

Linha fina
Temperatura elevada é ideal para o mosquito, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus; não deixe reservatórios de água descobertos
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São Paulo – Pela primeira vez, o verão brasileiro, que começou em 22 de dezembro, terá circulação de três tipos de vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Dengue, febre chikungunya e zika são doenças com sintomas parecidos, sem tratamento específico e com consequências distintas. O vírus zika só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. No verão, chove mais e o clima ajuda na reprodução do mosquito, já que a temperatura ideal para isso é entre 30 a 32 graus Celsius. O mosquito se prolifera em água limpa e parada, onde as larvas se desenvolvem, assim, os maiores focos são recipientes que acumulam água como vasos de plantas, garrafas, pneus e caixas d’água sem tampa. 
 
Ao apresentar os sintomas de qualquer uma das doenças, é importante procurar um serviço de saúde.

Zika vírus – Erupções na pele, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, vermelhidão nos olhos, náuseas, fotofobia, conjuntivite e coceira intensa. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da febre chikungunya, mas as consequências da infecção pelo zika vírus são bem mais críticas. Em mulheres grávidas pode levar à microcefalia dos fetos.

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Dengue –
A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.

Perda de peso, náuseas e vômitos também são sintomas. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.

Dados alarmantes – Dados do Ministério da Saúde indicam que, entre janeiro e novembro de 2015, foram notificados 1.566.510 casos de dengue no país. Neste período, o Sudeste registrou o maior número de casos (989.092 casos; 63,1% do total). Em todo o Brasil, foram confirmados 828 óbitos por dengue, o que representa um aumento de 79% em comparação com o mesmo período de 2014.

Os casos de febre chikungunya em 2015 totalizaram 6.784. Outros 9.055 continuam sob investigação. O último boletim do governo sobre vírus zika indica que, até o dia 12 de dezembro, foram notificados 2.401 casos de microcefalia (quadro relacionado à infecção por zika em gestantes) em 549 municípios de 20 unidades da federação. Desses, 134 tiveram a relação com o vírus confirmada, 102 foram descartados (não têm relação com o zika) e 2.165 estão sob investigação. O balanço mostra ainda que 29 óbitos por microcefalia foram notificados desde o início do ano e 26 estão sendo investigados.

Prevenção – A única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo a casa sempre limpa e eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).

Fiscais para ajudar – Moradores da cidade de São Paulo que se recusarem a abrir a porta da casa para que agentes sanitários da Supervisão de Vigilância em Saúde (Suvis), da Secretaria Municipal de Saúde, verifiquem se há na residência perigo à saúde pública pela presença do mosquito aedes aegypti, serão notificados e terão até 48 horas para permitirem a entrada dos fiscais.

A regra está prevista em decreto e também vale para domicílios desabitados e fechados. As visitas objetivam a eliminação do mosquito e de larvas em todos os imóveis de área com risco de proliferação e campanhas educativas e de orientação à população.


Redação, com informações da Agência Brasil – 22/12/2015
 
 
 
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