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Chapéu
Brasília

Contra a reforma da Previdência, agricultores fazem greve de fome

Linha fina
Manifestação já dura mais de 24 horas; grevistas solicitam audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira
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Foto: Bruno Pilon/MPA

São Paulo – Integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) fazem, na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma greve de fome que já dura mais de 24 horas contra a reforma da Previdência (PEC 287) do governo Temer. Os manifestantes solicitam audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, para denunciar o desmonte da Previdência, bem como a mentira de que os trabalhadores rurais estariam fora da reforma, conforme anunciou o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA). 

Em São Paulo, no ato da Avenida Paulista, na tarde de terça-feira 5, a CUT prometeu parar o país se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocar em votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da "reforma" da Previdência. 

“A greve de fome para o Movimento significa que alguns passarão fome por alguns dias para evitar que muitos passem fome uma vida inteira”, afirmou Leila Denise, camponesa e coordenadora nacional do MPA, que participa do ato ao lado de Frei Sergio Görgen e Josi Costa.

Os manifestantes permaneceram durante toda a terça-feira 5 na Taquigrafia da Câmara. Eles receberam apoio de parlamentares que se posicionam contra a PEC 287, bem como de simpatizantes, amigos e parceiros de luta do Movimento dos Pequenos Agricultores.

Mesmo com forte repressão por parte da Polícia Legislativa, pressionando pela desocupação da Casa, os manifestantes passaram a noite na Liderança do Partido dos Trabalhadores (PT).

“Completamos hoje mais 24 horas de greve de fome, representamos aqui os trabalhares do campo que serão prejudicadas caso a reforma da Previdência seja aprovada, o que converterá em uma tragédia social”, denunciou Leila.

O MPA e as organizações do campo e da cidade não aceitam a manobra do governo golpista e asseguram que irão cerrar fileiras contra a Reforma da Previdência e a retirada de direitos impostas por Temer.

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