Nessa quinta 6, bancários de todo o país promoveram mobilizações no Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos. Instituições fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do país, como Banco do Brasil e Caixa, são alvo de intensas ameaças de privatização, inclusive com a indicação pelo governo eleito de nomes ultraliberais e privatistas para a presidência dessas instituições, o que ameaça também os empregos e direitos dos seus funcionários.
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Em São Paulo, as atividades foram concentradas nas agências Jardim Camargo Novo e Vila Joaniza, da Caixa, e na Super BB e Cenesp, do Banco do Brasil.
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Banco do Brasil
Na Super BB, localizada na Avenida Paulista, dirigentes do Sindicato distribuíram material informativo e alimentos da agricultura familiar à população. O BB é responsável por 70% da carteira de crédito agrícola do país.
“Junto com o Banco do Nordeste, o BB é o maior ofertante de crédito para o Pronaf (Progama Nacional de Fortalecimento Familiar), que garante ao produtor rural juros de 5,5% ao ano. Sem o programa, esses juros seriam de 70% ao ano”, enfatiza o diretor do Sindicato e bancário do BB, Ernesto Izumi.
Já no Cenesp (Centro Empresarial São Paulo), que concentra o maior número de escritórios digitais do BB em São Paulo, dirigentes do Sindicato dialogaram com os trabalhadores sobre a importância de defender o caráter público do BB para a luta em defesa dos seus direitos, empregos e melhores condições de trabalho.
“Os funcionários do BB já enfrentam diversas ameaças como a sobrecarga cada vez maior. Já temos bancários ingressando sem direito à Cassi. A luta em defesa do caráter público do BB e de sua função social é também uma luta em defesa dos nossos empregos e direitos”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário do BB, Antônio Netto.
Caixa
Dirigentes do Sindicato, bancários e população se uniram nos atos das agências Jardim Camargo Novo e Vila Joaniza em defesa da Caixa 100% Pública, sua função social e contra o seu fatiamento. As unidades, respectivamente localizadas nos extremos leste e sul de São Paulo, seriam fechadas pela direção da Caixa, mas a mobilização dos bancários e comunidades locais fizeram o banco recuar e mantê-las em funcionamento.
> Símbolo da resistência, Jardim Camargo Novo fica!
> Após luta, fechamento de agência é suspenso!
“No Jardim Camargo Novo, a população, que foi nossa companheira de luta contra o fechamento da agência, como sempre nos recebeu muito bem. Encamparam nossa campanha ´Não faz sentido privatizar, ou fatiar, a Caixa´. Essa união será fundamental para o próximo período. Independente de posicionamento político, devemos todos defender o nosso patrimônio. A Caixa é o banco do financiamento habitacional, do Minha Casa Minha Vida, das obras de infraestrutura e saneamento, do Bolsa Família, do FGTS. A Lotex, fortemente ameaçada de privatização, todos os anos repassa bilhões para o Fies, cultura, saúde, esporte, seguridade”, destaca o dirigente do Sindicato e bancário da Caixa, Francisco Pugliesi, o Chico.
“Inclusive, ficamos muito felizes em ver que em frente a agência Jardim Camargo Novo estã quase concluído um empreendimento do Minha Casa, Minha Vida. É isso que a Caixa 100% Pública faz. Realiza o sonho das pessoas e muda a cara de todo um bairro”, acrescenta.
Já no ato em frente à agência Vila Joaniza, a população que recebia calorosamente os dirigentes do Sindicato se preocupou com a possibilidade da mobilização de hoje ser contra outro possível fechamento da unidade.
“Explicamos que não, mas que agora a ameaça é ainda maior. É a privatização, parcial ou total, da Caixa. Com a indicação do governo eleito de Pedro Guimarães para a presidência do banco - banqueiro ultraliberal e privatista, que colaborou no processo de privatização do Banespa – devemos estar ainda mais mobilizados e unidos, bancários e população, para defender o nosso patrimônio”, conclui o também dirigente do Sindicato e empregado da Caixa, Danilo Perez.