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Chapéu
Não faz sentido privatizar!

Quinta 6: Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos

Linha fina
Diante das ameaças privatistas e aos direitos e empregos dos trabalhadores, bancários realizarão protestos em todo o país
Imagem Destaque

Nessa quinta-feira 6, sindicatos de bancários em todo o país realizarão manifestações em defesa dos bancos públicos. O Dia Nacional em Defesa dos Bancos Públicos será um protesto contra as ameaças privatistas - inclusive com indicações de nomes ultraliberais para as presidências de BB e Caixa - e contra os ataques aos direitos e empregos dos trabalhadores dessas instituições.

> Faça a sua sindicalização e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários

Em São Paulo, as atividades do Banco do Brasil acontecem na Super BB, na Avenida Paulista, e no Cenesp (Centro Empresarial de São Paulo), na zona sul. Já no caso da Caixa, as mobilizações acontecem nas agências Jardim Camargo Novo e Vila Joaniza, localizadas respectivamente no extremo-leste e extremo-sul da capital paulista.

“Escolhemos esses dois locais (agências Jardim Camargo Novo e Vila Joaniza) para as mobilizações do Dia Nacional de Luta pelo fato de que são agências que seriam fechadas há um ano pela direção da Caixa e, com a mobilização e luta unificada de bancários, moradores e clientes, permanecem abertas. E, diante das ameaças de privatização total ou parcial da Caixa, precisamos dessa união entre bancários e população mais do que nunca. Só assim poderemos barrar a entrega do nosso patrimônio para o sistema financeiro privado”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário da Caixa Danilo Perez.

> Símbolo da resistência, Jardim Camargo Novo fica!
> Após luta, fechamento de agência é suspenso!

Função social

Caixa e BB juntos possuem 37,4% das agências bancárias do país e estão presentes em municípios e regiões periféricas, como é o caso da Vila Joaniza e Jardim Camargo Novo, em que os bancos privados não possuem interesse de atuar. Entretanto, de 2015 a 2017, a direção do Banco do Brasil fechou 777 agências. Já a direção da Caixa, por sua vez, cortou 12.791 postos de trabalho desde 2015.  

“Além da extensa rede de agências, os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país. A Caixa, por exemplo, chegou a ser responsável por mais de 70% dos financiamentos habitacionais. A Lotex, fortemente ameaçada de privatização, em 2016 repassou R$ 4,8 bilhões para cultura, esporte, Fies, seguridade, saúde e Fundo Penitenciário Nacional. Também em 2016, a Caixa liberou R$ 78,6 bilhões em crédito para saneamento e municípios. Isso sem falar do Bolsa Família, que no mesmo ano repassou R$ 27,4 bilhões para 75,5 milhões de beneficiários”, esclarece Perez.

Para Antônio Netto, dirigente do Sindicato e bancário do BB, defender o papel social dos bancos públicos é fundamental para o desenvolvimento do país. “Os bancos públicos cumprem um papel social fundamental para o país. Ao invés de serem precarizados como forma de manchar sua imagem junto a população e facilitar a privatização - com fechamento de agências, redução do quadro de funcionários e queda da oferta de crédito – deveriam ser fortalecidos.”

“O BB possui sozinho 70% da carteira de crédito agrícola do país e, junto com o Banco do Nordeste, é o maior ofertante de crédito para o Pronaf (Progama Nacional de Fortalecimento Familiar), que garante ao produtor rural juros de 5,5% ao ano. Sem o programa, esses juros seriam de 70% ao ano. Enfraquecer o BB é o mesmo que encarecer a comida que chega na mesa do brasileiro”, acrescenta o diretor do Sindicato e bancário do BB, Ernesto Izumi.

Direitos e empregos

De acordo com os dirigentes sindicais, tanto do BB quanto da Caixa, a defesa dos bancos públicos também é uma luta pelos direitos e empregos dos bancários dessas instituições.

“Com as atuais ameaças de privatização da Caixa, total ou parcial, o primeiro alvo passam a ser os empregados. Já foi aberto novo PDE, que acarretará em ainda mais sobrecarga de trabalho e piora nas condições de trabalho com mais uma redução do número de trabalhadores”, diz Perez.

“Os funcionários do BB já enfrentam diversas ameaças como a sobrecarga, ataques à Cassi, entre outras. Com a precarização do banco, esse cenário tende a piorar ainda mais. Lutar pelos bancos públicos e suas funções sociais é também defender os direitos e empregos dos trabalhadores”, conclui Antônio Netto.


 

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