O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou protesto na quinta-feira 13 no Centro Tecnológico do Itaú (CT), concentração do banco localizada na zona leste da capital paulista, contra o caos instalado no local de trabalho por conta de uma grande obra de reforma. Durante o ato, dirigentes entregaram boletim informativo e dialogaram com os trabalhadores sobre a responsabilidade do Itaú em relação à saúde e segurança dos cerca de seis mil funcionários que trabalham no local.
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“Cobramos do banco que zele pela segurança dos trabalhadores. O CT foi transformado em um grande canteiro de obras, o que coloca em risco todos os funcionários. Durante o protesto, verificamos, mais uma vez, as longas filas nas catracas. Inclusive, um dos equipamentos travou e os trabalhadores que ainda saíam para o almoço tiveram que aguardar”, relata a dirigente do Sindicato e bancária do Itaú, Valeska Pincovai.
“Cobramos também a responsabilidade dos onze integrantes eleitos da Cipa [Comissão Interna de Prevenção de Acidentes], que possuem estabilidade, mas ninguém se pronunciou. A Cipa é um instrumento legítimo de defesa das condições de trabalho adequadas, mas infelizmente não está sendo utilizada para isso no CT”, acrescenta.
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Representantes da área de Relações Sindicais do Itaú entraram em contato com dirigentes do Sindicato para saber quais as razões do protesto.
“Nos causa espanto e indignação que o Itaú tenha de perguntar o motivo do nosso ato. O Sindicato tem cobrado há meses que sejam asseguradas condições de trabalho decentes no CT e o banco só responde que não tem outra maneira de realizar a reforma. É inadmissível que um banco que lucrou R$ 24 bilhões em 2017 não garanta condições mínimas de trabalho, uma vez que nas áreas nem mesmo existem banheiros em número suficiente para todos”, diz Valeska. De janeiro a setembro deste ano, o lucro do Itaú já alcança R$ 19,25 bi.
De acordo com a dirigente, os que mais sofrem com a reforma são os trabalhadores PCDs (pessoas com deficiência), que não possuem acessibilidade nenhuma para entrar no prédio. “É uma falta completa de responsabilidade social.”
“Reivindicamos que o banco tome imediatamente as medidas cabíveis para garantir a segurança e a saúde dos cerca de seis mil trabalhadores do CT. Contamos também com a colaboração dos trabalhadores para que, caso presenciem situações que os coloquem em risco no CT, denunciem ao Sindicato através dos dirigentes ou ligando para a Central de Atendimento (3188-5200)”, conclui Valeska.