Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Massacre em Paraísópolis

Sociedade debate mobilização para obter justiça no caso do massacre de Paraisópolis

Linha fina
Audiência reúne familiares das vítimas, parlamentares e órgãos de defesa para garantir que governo do estado vai se empenhar na apuração do caso
Imagem Destaque
Foto: REPRODUÇÃO / TVT

Quinze dias após a morte de nove jovens na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, durante ação policial em um baile funk, prosseguem os protestos. Na quarta-feira 11, familiares das vítimas e representantes da OAB, do Conselho Estadual dos Direitos Humanos (Condepe), Defensoria Pública do Estado e de movimentos negros se reuniram na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para realizar um protesto unificado.

Reportagem de Jô Miyagui, no Seu Jornal, na TVT, mostra como foi a audiência pública. Familiares de vítimas do massacre de Paraisópolis, deputados e entidades da sociedade civil discutiram os meios de acompanhar as apurações e debateram também sobre a necessidade de  mudanças na forma de atuação da Polícia Militar.

Maria Cristina Quirino, mãe de Denis Henrique, um dos nove jovens mortos, pediu ajuda das autoridades. “A gente vê que foi um massacre. Eu gostaria de estar aqui hoje por qualquer outra razão que não fosse o pedido de justiça pela morte do meu filho, ou pela injustiça que foi cometida com ele”.

Dimitri Sales, presidente do Condepe, afirma que o governador João Doria se comprometeu com algumas demandas da sociedade. “O primeiro deles foi de afastar todos os policiais que estavam na operação na noite do dia 1º de dezembro. Um outro compromisso foi o de criar a comissão externa para acompanhar as apurações. E encaminhou esse nosso pedido, formalmente apresentado, para a procuradoria geral do estado”.

A deputada estadual Beth Sahão (PT) é presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Ela afirma que os parlamentares têm obrigação de acompanhar o caso. “Foi um massacre cometido pela Polícia Militar e a Assembleia tem uma relação direta com isso, afinal de contas, ela é um órgão de um poder independente que fiscaliza o exercício do Executivo. E a secretaria de Segurança Pública está sob esse guarda-chuva sob o qual nós temos a responsabilidade de fiscalizar e de cobrar iniciativas, inclusive, iniciativas que busquem a mudança de práticas”.

“Esse encontro é muito importante porque é o momento de organizar um grande movimento primeiro para exigir, como estamos exigindo aqui, punição exemplar para as pessoas que participaram desse massacre. Temos de dar nome aos assassinos, mas o grande assassino sem dúvida é o estado, é o governo Doria”, disse o deputado Carlos Giannazi (Psol).

seja socio