Foi realizada nesta quinta-feira 14, em São Paulo, reunião da mesa bipartite de saúde entre o Comando Nacional dos Bancários, através do Coletivo Nacional de Saúde, e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Entre os principais temas debatidos estiveram: aumento dos casos de dengue; Covid-19; e proposta de alteração na Cláusula 61 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), sobre assédio moral e discriminação nas relações de trabalho.
Dengue e Covid-19
O início da reunião foi marcado pelo debate sobre a epidemia de dengue no país. A representação dos bancários cobrou dos bancos a divulgação de protocolos de prevenção e ação não somente em relação a dengue, como também para outras doenças respiratórias como, por exemplo, a Covid-19 e a Gripe, de forma a assegurar ambientes de trabalho saudáveis e evitar a proliferação de doenças.
Combate ao assédio
O Coletivo Nacional de Saúde também apresentou proposta de mudanças na cláusula 61 da CCT, que versa sobre assédio moral e discriminação nas relações de trabalho.
Entre os ajustes propostos, está a mudança do nome da cláusula para “Mecanismos de enfrentamento ao assédio e discriminação nas relações de trabalho”; e que a cláusula seja parte da CCT, de caráter obrigatório, e não inserida em acordo aditivo e facultativa para cada banco.
A representação dos bancários definiu cinco prioridades para atualização da cláusula 61: garantia de sigilo absoluto da identidade do denunciante e denunciado; redução do prazo de apuração e resposta; participação dos sindicatos em todo o processo, inclusive na apuração; campanhas de prevenção; e formação.
A Fenaban se comprometeu a, na próxima reunião da mesa bipartite, trazer respostas para as reivindicações, além de apresentar um fluxo de acolhimento para trabalhadores adoecidos, reivindicação já feita pela representação dos bancários em outras oportunidades.
PCMSO
O Coletivo Nacional de Saúde cobrou ainda uma rodada de negociação sobre o PCMSO, visando à prevenção e contenção de riscos nos ambientes de trabalho bancários.
Próxima reunião
A próxima reunião da mesa bipartite de saúde ficou agendada para o dia 11 de abril.
"Esperamos que os bancos retornem com respostas concretas para os temas apresentados, de forma que tenhamos participação efetiva nos processos de recebimento e apuração de denúncias sobre assédio e discriminação no local de trabalho. Afinal, o assédio hoje é o principal fator de adoecimento da categoria bancária. Temos que combatê-lo", enfatiza a secretária de Saúde e Condições de Trabalho, Valeska Pincovai.
"Outro ponto importante é o fluxo de acolhimento dos trabalhadores que adoecem, de forma que não fiquem em situação de abandono total por parte dos bancos. Afinal, o motivo do adoecimento é o trabalho. Não podemos aceitar que o descaso dos bancos agrave ainda mais a situação deste trabalhador”, conclui Valeska.