O ano de 2023 chega ao fim. Um ano marcado por tantos acontecimentos que uma retrospectiva não é tarefa fácil. Iniciamos o ano movidos pela esperança de dias melhores. Lula eleito, toma posse junto ao povo celebrando democracia e diversidade. Poucos dias depois, a ameaça de um golpe que abalou o país. Um alerta para todos nós: o fantasma do golpismo obscurantista está entre nós e combatê-lo é tarefa diária.
E foi o que fizemos! Combatemos todos os tipos de injustiça, retrocesso e cerceamento da liberdade, dos direitos coletivos, individuais, sociais e políticos. Seguimos mais fortes e firmes nas nossas pautas.
Voltamos aos espaços de poder. Voltamos a ser ouvidos e levamos as pautas dos trabalhadores. Foram diversas reuniões. Espaços construídos para o diálogo e formulação de políticas públicas. O Sindicato dos Bancários de São Paulo esteve presente afirmando sua posição em prol dos direitos da categoria e de todo o conjunto da sociedade.
Reivindicamos a queda nas taxas de juros, realizamos protestos contra as demissões e terceirizações, lutamos pela igualdade salarial entre mulheres e homens, e em defesa dos bancos públicos como instrumento de desenvolvimento econômico e social e a importância de empresas públicas fortalecidas para o bem da população, marchamos contra as privatizações.
Neste caminho de tantos desafios, realizamos um esforço ainda maior pela qualidade de vida da categoria. As negociações não pararam! Mesas ampliadas sobre diversas temáticas foram realizadas. Na vanguarda da discussão sobre gênero lançamos o Programa Nacional de Prevenção à Violência contra as Mulheres.
Realizamos audiências públicas sobre Saúde do Trabalhador, focando na questão da saúde mental e sobre segurança bancária, fortalecendo o debate com a sociedade. Os acordos banco a banco dominaram nossas agendas. Diversos acordos foram celebrados, valorizando a negociação coletiva e trazendo ganhos sociais e financeiros.
Tudo isto em meio a uma grande mudança institucional. Passamos por um processo eleitoral interno e uma nova direção assumiu um dos maiores sindicatos de toda a América Latina. Em julho, assumi a presidência do Sindicato com a missão de continuar o legado de duas grandes companheiras que me sucederam: Ivone Silva e Juvandia Moreira. Mais uma vez uma mulher é eleita presidenta do Sindicato, consolidando todo um processo de organização pelos direitos e protagonismo das mulheres.
Mas 2023 não foi um ano só de luta. Foi um ano de festa. O ano que celebramos o centenário do Sindicato. Cem anos de uma história viva. Cem anos de lutas e avanços. Um longo caminho que se confunde com a trajetória do próprio país. Entre a ditadura e o processo de redemocratização, entre o projeto neoliberal e as conquistas sociais, entre o negacionismo e a vida, não nos furtamos do embate. Estivemos presentes na construção coletiva, vivendo a história na busca pela transformação social. Comemorar foi mais que preciso, foi combustível necessário para novos voos.
Que venham novas jornadas! O ano de 2024 terá novos grandes desafios. Ano de negociação da convenção coletiva. Trataremos de cada cláusula que interfere na vida dos bancários e bancárias. Atuaremos em defesa do emprego, contra o fechamento de agências, pela segurança, pela saúde e pela igualdade de oportunidades. O Sistema Financeiro avança em profundas transformações e discutiremos os impactos na vida. Persistiremos, na escuta.
Nosso Sindicato permanecerá atento nas ruas e nas redes.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo é feito de pessoas, um Sindicato cidadão. Que possamos nos encontrar e fortalecer nossa organização coletiva. Haverá lutas, vitórias, comemorações e novas histórias. Com coragem, esperança e perseverança, permaneceremos na luta!
