A representação dos empregados da Caixa cobra da direção do banco público que os GTs (Grupos de Trabalho) de Funções e o de Promoção por Mérito sejam retomados, uma vez que estão previstos no Acordo Coletivo de Trabalho e seguem sem resoluções após alguns meses do seu início.
GT Funções
A representação dos empregados da Caixa, apesar de considerar importante o banco ter apresentado na última negociação uma proposta para a retomada das funções de caixa e tesoureiro, rechaçou-a por considerá-la insuficiente.
Entre os problemas da proposta estão:
- Para retorno das designações efetivas de caixa e tesoureiro, a Caixa propôs negociação do adicional de quebra de caixa apenas para os empregados que não recebiam gratificação de função.
Previsto em normativo interno, o adicional de quebra de caixa foi extinto pela Caixa, prejudicando milhares de empregados que lidam com numerário. A Caixa também ofereceu a possibilidade de acordos via Comissões de Conciliação (CCV/CCP) àqueles que não têm ação na justiça cobrando o pagamento da quebra de caixa.
- Para os tesoureiros, a proposta da Caixa prevê a migração automática da jornada de 8 horas para a de 6 horas, com redução proporcional do salário, além da possibilidade de acordos nas Comissões de Conciliação. (CCV/CCP).
“Reiteramos a necessidade de que o banco ouça a representação dos empregados e apresente propostas melhores, respeitando os direitos dos caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor, além de não comprometer ações judiciais, sejam elas individuais ou coletivas. Somente desta forma chegaremos a uma solução”, enfatiza o dirigente do Sindicato e empregado da Caixa André Sardão.
GT Promoção por Mérito
Outro GT que precisa ser retomado é o de Promoção por Mérito para o período 2023-2024.
Os critérios são debatidos todos os anos por um GT formado por representantes do banco e dos trabalhadores. A última reunião ocorreu em 28 de julho, quando o movimento sindical defendeu critérios objetivos para o recebimento dos deltas como assiduidade, participação nas atividades do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e cursos da Universidade Caixa, em detrimento das avaliações subjetivas ou vinculadas unicamente aos resultados comerciais. Foi cobrado também que se distribuísse 1,1 delta por empregado.
“Já apresentamos à Caixa os princípios que defendemos, para que sejam considerados na avaliação por mérito realizada pelo banco. É urgente que tenhamos nova reunião para definir como os empregados serão reconhecidos por todo o trabalho realizado em 2023" diz Luiza Hansen, dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e representante no GT Promoção por Mérito.