O Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou um protesto em uma agência recém inaugurada do Banco do Brasil que opera sem vigilantes, o que descumpre o que foi acordado com a direção da empresa na última Campanha Nacional dos Bancários (campanha salarial). A unidade fica na zona sul de São Paulo, mas não será identificada a fim de não expor funcionários e clientes.
A inauguração ocorreu nesta segunda-feira 2, mesmo dia do protesto do Sindicato. A unidade é do modelo “Loja BB”, que opera sem caixas e vigilantes por não trabalhar com numerário.
“Mesmo assim a agência possui caixas eletrônicos e também podem ocorrer outros crimes no local, como roubos de celulares e computadores. E há, ainda, o risco de eventuais agressões de funcionários por parte de clientes”, afirma Ana Paula Freire, diretora do Sindicato e bancária do BB.
Acordo descumprido
O Sindicato procurou o banco, que afirmou que a unidade não teria vigilantes pelo menos até o final do ano. A empresa alegou que a legislação vigente desobriga a presença de vigilantes em agências que operam sem numerário.
“Mas na Campanha Nacional dos Bancários 2024 houve um acordo com o banco visando garantir vigilantes mesmo nas agências sem numerário. A empresa alegou que este investimento não estava previsto no orçamento e, após nossa cobrança, faria o ajuste para liberar a verba a fim de contratar vigilantes e reformas a partir de janeiro. Nós consideramos um absurdo uma empresa que apresenta uma lucratividade bilionária não prever vigilantes e não se preocupar com a segurança dos bancários e clientes”, afirma Antonio Netto, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e membro da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.
Caixas
A agência palco do protesto também não possui serviço de caixas para o atendimento presencial. O Sindicato cobrou do banco o atendimento presencial nesta agência.
“Até porque isso seria vantajoso para o banco, porque traria mais movimento de clientes para a agência, e também para a população mais pobre, que precisa desse atendimento. Vale lembrar que na região do Capão Redondo não há sequer uma agência do Banco do Brasil, e o papel do banco público é garantir o atendimento presencial para as pessoas que necessitam” finaliza Antonio Netto.
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