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Começa CPI sobre violência em universidades

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Investigação foi motivada por denúncias de abuso sexual contra calouros durante festas, como a chamada Show Medicina da USP
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São Paulo - A CPI instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo com a finalidade de investigar violações dos direitos humanos e demais ilegalidades ocorridas nas Universidades do Estado, durante os chamados trotes, festas e no seu cotidiano acadêmico, realizará quatro reuniões em caráter reservado nos dias 6, 7, 8 e 9 de janeiro.

Os depoentes solicitaram sigilo, razão pela qual somente poderão participar dessas reuniões os membros da comissão, assessorias e convidados.

A instalação da CPI da USP e demais universidades foi protocolada após audiências públicas realizadas pela Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia para ouvir denúncias de atos de violência sexual praticada contra calouros durante os trotes na USP e em outras universidades públicas e privadas. Nessas audiências, vítimas depuseram sobre abuso moral, coação, discriminação de gênero e orientação sexual, intolerância étnica e religiosa, consumo excessivo de drogas ilícitas e bebidas alcoólicas. Os fatos relatados ocorreram principalmente durante recepção aos calouros e em festas como o Show Medicina da USP.

A CPI tem prazo de funcionamento até 15 de março deste ano. O presidente é o deputado Adriano Diogo (PT), que defendeu a necessidade de investugação. Os demais membros são Sarah Munhoz (PCdoB), eleita vice-presidente, e o relator Dr. Ulysses (PV), que deverá entregar seu relatório até o dia 14 de março. O presidente criou duas sub-relatorias, a cargo dos deputados Marco Aurélio de Souza (PT) e Carlos Bezerra Jr. (PSDB).

O primeiro requerimento aprovado autoriza a continuidade dos trabalhos durante o período do recesso parlamentar de janeiro, dado o "grande volume de documentos a serem analisados e as numerosas oitivas previstas". Foram aprovadas ainda a realização de reuniões sigilosas e de oitiva de testemunhas nas mesmas, bem como a contratação de pessoas especializadas para dar suporte técnico à CPI.


Alesp, com edição da redação - 6/1/2015

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