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No PAC, obra no Paraíba do Sul começa a "andar"

Linha fina
Governador garante que ainda em janeiro sai licitação para empreendimento que prevê envio de cinco metros cúbicos de água por segundo para o Sistema Cantareira
Imagem Destaque

São Paulo – Obra incluída pela presidenta Dilma Rousseff no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a transposição das águas do rio Paraíba do Sul começa a "andar". O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou na segunda 26 que pretende lançar até sexta-feira 30 o edital da licitação.

O objetivo é trazer cinco metros cúbicos de água por segundo, para suprir os reservatórios do Sistema Cantareira, em crise desde 2013 e hoje está operando com apenas 5,1% da capacidade da segunda cota do volume morto das represas. O empreendimento está orçado em R$ 830,5 milhões, e a previsão é de que a construção leve 18 meses.

Além dessa obra, foram incluídas no PAC outras sete cujo recurso foi pedido por Alckmin para Dilma no fim do ano passado. Todo o pacote deve custar R$ 3,5 bilhões.

O projeto, no entanto, ainda deve ser aprovado pelo conselho administrativo da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), o que já é dado como certo pelo governador. 

O sistema prevê trazer a água do rio Paraíba do Sul para a represa de Jaguari e a interligação dela com o reservatório de Atibainha, de forma que a água possa ser passada de uma para a outra de acordo com a subida ou descida dos níveis.

O volume retirado é relativamente pequeno perto do volume do rio. São cinco metros cúbicos por segundo desviados, em 200 metros cúbicos por segundo de vazão. Porém, os quatro reservatórios do sistema de abastecimento do Paraíba do Sul chegaram ao nível mais baixo da história em janeiro, segundo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA): 2,6%.

O rio Paraíba do Sul abastece 10 milhões de pessoas no Rio de Janeiro e na região de São José dos Campos, em São Paulo.

Alckmin também anunciou que a retirada de água do Sistema Alto Tietê deve ser aumentada em 0,5 metro cúbico por segundo ainda esta semana. E está em obras mais um aumento na retirada de água da represa Billings para abastecer parte da demanda antes atendida pelo Cantareira. Mas esta medida ainda não tem data para começar. O reservatório Billings já teve aumento de dois metros cúbicos por segundo na retirada de água desde o início da crise.


Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual, com edição da Redação - 27/1/2015

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