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Prefeitura prevê 400 km de ciclovias até o fim do ano

Linha fina
Ano começou com obras para implantação do projeto em importantes vias, como a Avenida Paulista e a Rua Amaral Gurgel, que ligará Praça Roosevelt ao Memorial da América Latina
Imagem Destaque

São Paulo – O projeto da Prefeitura de São Paulo para incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte deu um grande passo em 2015, com o início das obras da ciclovia da Avenida Paulista. Importante porque a via é um elo nevrálgico de ligação entre diversas regiões da cidade. A meta é implantar 400 km de ciclovias até o final deste ano.

A da Paulista terá 4 km de extensão e vai integrar outras 11, ligando as regiões do Centro, Pacaembu, Ibirapuera e Vila Mariana.  “Antes de 2014 a maioria das ciclovias existentes na cidade não se conectavam. Pode-se dizer que até então não havia uma política eficiente voltada para integrar a bicicleta como um meio de transporte”, declarou a CET, por meio de sua assessoria de imprensa.

As obras tiveram início no dia 5 de janeiro, com previsão de 180 dias para sua conclusão. O custo estimado é de R$ 15 milhões. O projeto prevê o alargamento do canteiro central da avenida em 25 centímetros de cada lado para facilitar a passagem de bicicletas nos dois sentidos.  A pista será elevada em relação ao nível da avenida; terá cerca de quatro metros de largura e será construída sobre o canteiro central em toda a extensão do eixo formado pelas avenidas Paulista e Bernardino de Campos. A largura das três faixas de carros em cada sentido será reduzida dos atuais 3 m para 2,8 m. A dos ônibus perderá 20 cm – de 3,5 para 3,3 m. O Conselho Nacional de Trânsito admite larguras entre 2,50 m e 4 m. Está prevista ainda a construção de dutos para assentamento de fibra óptica e cabeamento sob o canteiro central.

Os tanques que hoje abrigam plantas e flores serão retirados, assim como os relógios de rua distribuídos pela via. As árvores no trecho da Bernardino de Campos serão preservadas.  Alguns trechos, próximos aos semáforos, ganharão grades para a proteção dos ciclistas.

De acordo com a CET, o projeto foi submetido à aprovação de todos os órgãos de patrimônio histórico e aprovado nas instâncias federal, estadual e municipal. Ainda não existe estimativa do número de usuários ou dos impactos no trânsito, mas a CET afirma que está fazendo acompanhamentos nesse sentido. “É importante salientar que a implantação da malha irá estimular este aumento pouco a pouco. Buscamos de diversas maneiras de ampliar o compartilhamento do espaço viário entre veículos motorizados e não motorizados, conectando-se com outros modais de transporte, como terminais de ônibus, equipamentos públicos, escolas, praças, parques e locais de trabalho. Desta forma, a criação de novas ciclovias significa uma mudança de cultura no sentido de valorizar o transporte coletivo ou as alternativas que possam ser implementadas”, acrescenta o órgão.

Mais quilômetros – Outra importante via que está passando por obras para receber ciclovia é a Rua Amaral Gurgel, localizada abaixo do elevado Costa e Silva, o Minhocão. A interdição vai durar 180 dias e será parcial na faixa da esquerda, nos dois sentidos, entre a Rua Major Sertório e o Largo do Arouche. A ciclovia vai ligar a Praça Roosevelt ao Memorial da América Latina, um percurso de 5 km. Assim como na Avenida Paulista, o canteiro central sob o Minhocão será alargado e haverá estreitamento nas faixas de rolamento de carros e ônibus.


Redação – 16/1/2015

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