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Manifestação pedirá fim da intolerância religiosa

Linha fina
Com apoio da CUT, ato na quinta-feira reforçará grito pela liberdade de expressão da fé e por uma sociedade de respeito ao próximo, à natureza e à diversidade
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São Paulo – Um grito pela liberdade de expressão da fé, do direito à crença e por uma sociedade de respeito ao próximo, à natureza e à diversidade. Com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na quinta-feira 21 será realizado o Ato de Repúdio, Afirmação e Combate aos Crimes de Intolerância Religiosa. A concentração está marcada para 19h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Dados do Disque Direitos Humanos, o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), de 2011 a 2014, apontam um total de 504 denúncias sobre intolerância religiosa, 213 das quais informaram a religião atacada: 35% desses casos eram de matriz africana. De acordo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 0,3% da população é adepta das religiões de origem africana.

A data – O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa é comemorado em 21 de janeiro. É a data da morte da Iyalorixá Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda, em 2000. Mãe Gilda teve um infarto após sua casa e seu terreiro serem invadidos, depredados e seu marido agredido por um grupo de evangélicos. O ataque ocorreu depois de uma foto de Gildásia sair na capa do jornal Folha Universal com o título “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”.

A história se repetiu recentemente em Camaçari, na Bahia, onde Mãe Dede de Iansã, também enfartou após uma noite de insultos protagonizada por um grupo evangélico, na porta de seu terreiro.

Comunidades religiosas de matriz africana de todo o Brasil promoverão manifestações neste dia 21 de janeiro como uma resposta à violência que aumenta a cada dia e mostra mais uma face cruel do racismo.


Redação com informações da CUT – 19/1/2016
 
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