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Chapéu
Visibilidade

Nome social para pessoas trans é direito no Sindicato

Linha fina
No Dia Nacional da Visibilidade Trans, bancários e bancárias transexuais ou travestis conquistam o direito de usar o nome social em documentos da entidade que os representa
Imagem Destaque
Agência Patrícia Galvão

Viver uma vida que não é sua, sem ter sua identidade respeitada e sem ser tratado como você se entende, faz parte do cotidiano de homens trans e mulheres transexuais ou travestis. No país que mais comete assassinatos motivados por transfobia, nome que se dá aos crimes motivados por intolerância a pessoas trans, é preciso avançar em políticas que garantam a dignidade, cidadania e os direitos fundamentais desta população.

Sintonizado com as demandas apresentadas pelos movimentos sociais LGBT, o Sindicato dos Bancários de São Paulo passou a adotar, em todos os documentos próprios emitidos pela entidade (carteirinha, requisições, cadastros), o uso do nome social, a partir da autodeterminação, para pessoas trans, garantindo um tratamento de acordo com a identidade expressada.

O uso do nome social para pessoas trans em todos os documentos da entidade é uma conquista a ser comemorada neste dia 29 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans. 

"As pautas da diversidade sempre foram muito importantes para o Sindicato, desde a igualdade de gênero, passando pelas questões raciais, das pessoas com deficiência e os direitos da população LGBT. Estamos sempre conectados a estes movimentos e o uso do nome social pelas pessoas trans era uma reivindicação antiga, que estamos atendendo, mas seguimos buscando novos avanços para garantir a dignidade e os direitos", diz a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro.

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal, em março de 2018, garantiu que pessoas trans possam alterar o nome e o sexo no registro civil sem que se submetam a cirurgia. O nome social costuma ser uma etapa anterior, principalmente para pessoas que estão iniciando seus processos de transição.

Se você é sindicalizado(a) e deseja fazer a retificação do seu nome nos cadastros do Sindicato, é muito fácil: basta mandar um e-mail para [email protected] com seu nome social completo, CPF, matrícula sindical, banco e local de trabalho. Com isso, todos os seus cadastros dentro da instituição passarão a ser usados a partir do nome que você indicou. Se você ainda não é sócio(a), aproveite para usufruir de todas as vantagens de ser sindicalizado, com a garantia de um tratamento digno e respeitando sua identidade.

> Faça a sua sindicalização e aproveite para ver as vantagens de ser sindicalizado
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Uso nos bancos

Além da mudança nos registros internos, a entidade também procurou os principais bancos (Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa e Santander) e todos confirmaram que têm em seus quadros funcionais da ativa bancários(as) travestis ou transexuais. Todos confirmaram ainda que fazem o uso do nome social e garantem um ambiente não-discriminatório para trabalhar.

Caso o banco não garanta o seu direito ao nome social ou você seja vítima de assédio motivado por transfobia, entre em contato com o Sindicato, por meio do nosso canal de denuncia de assédio moral.

"O direito à dignidade do bancário deve ser garantido. Ninguém deve ser obrigado a ser chamado por um nome que não é seu, que não te representa, por isso vamos cobrar dos bancos que usem o nome social dos trabalhadores e trabalhadoras trans", orienta Dionísio Reis, secretário de Relações Sindicais e Sociais do Sindicato.

Amistoso

Para celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans, uma partida amistosa de futebol foi disputada, no sábado 26, entre o Meninos Bons de Bola, time formado exclusivamente por homens trans, e o Foi Golpe, formado por dirigentes sindicais e bancários da base. O placar? Foi o que menos importou na festa da cebelebração da visibilidade de homens e mulheres transexuais e travestis. Veja no vídeo abaixo:

 

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