Leia abaixo a coluna Ao Leitor, publicada na Folha Bancária 6.223, na qual a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, fala sobre a redução de direitos trabalhistas e a precarização das relações de trabalho.
Empregos precários
O governo anunciou recorde no número de empregos, mas não destacou a redução dos direitos trabalhistas, nem a precarização dessas vagas.
Isso porque o Caged, desde o golpe de 2016, passou a divulgar vagas de trabalho com contrato intermitente.
O Portal do Ministério da Economia divulgou que, em 2019, foram gerados 644.079 mil novos postos de trabalho, 115 mil a mais do que em 2018. Mas o número de vagas de emprego formal criadas no ano passado, 16,5% (106 mil), foram nas modalidades de trabalho intermitente e tempo parcial, conhecidas como 'bicos', legalizados pela reforma trabalhista.
No contrato intermitente o trabalhador fica à disposição da empresa sem jornada definida e só recebe de acordo com as horas trabalhadas, mesmo que seja chamado a trabalhar apenas algumas horas em um mês. Já o contrato de tempo parcial permite jornadas de até 26 horas ou 30 horas semanais.
Ao retirar direitos trabalhistas, as empresas aumentam seus lucros, e exploram o trabalhador.