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Sindicato é pioneiro no atendimento jurídico às mulheres vítimas de violência

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Em artigo, Ivone Silva, presidenta do Sindicato, fala sobre o projeto ‘Basta! Não irão nos calar’, uma parceria com a Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica que oferece atendimento jurídico às mulheres vítimas de violência doméstica
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Confira abaixo o artigo de Ivone Silva, presidenta do Sindicato, sobre o projeto ‘Basta! Não irão nos calar’, que oferece atendimento jurídico às mulheres vítimas de violência doméstica.

O Sindicato lançou o projeto ‘Basta! Não irão nos calar’, com atendimento jurídico às mulheres vítimas de violência doméstica.

Atuamos em parceria com a Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica, atendendo as demandas jurídicas que não podem ser absorvidas pela Defensoria Pública. É uma contraofensiva do movimento sindical contra o atual retrocesso político e social.

O Brasil registra um caso de agressão a mulher a cada 4 minutos. No ano passado, foram registrados mais de 145 mil casos de violência doméstica (física, sexual, psicológica, entre outros), segundo o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde;

•        Os casos de feminicídio aumentaram 44% no 1º semestre de 2019 no estado de São Paulo se comparados ao mesmo período do ano anterior, de acordo com levantamento feito pelo G1 e pela GloboNews;

•        A cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil. Por dia, 180 são vítimas de estupro, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública;

•        97% dizem já ter sido vítimas de assédio em meios de transporte. O dado é da pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto Locomotiva, com o apoio da Uber, sobre violência contra a mulher no transporte;

•        Mulheres estudam mais no Brasil, mas têm renda 41,5% menor que homens, segundo a ONU;

•        Lar é o lugar mais perigoso para mulheres, Pesquisa realizada pela ONU divulgou que 58% das mulheres mortas em 2017 foram vítimas de seus companheiros ou de membros da família.

As reformas aprovadas no Brasil como o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, a reforma trabalhista e agora a reforma da previdência tendem a agravar ainda mais essa situação. As mulheres e os jovens são as principais vítimas dos contratos precários (jornada parcial, prazo determinado, intermitente, etc) e isso será ampliado com a reforma trabalhista, aprofundando as desigualdades no mercado de trabalho.

Reverter esse índice de violência é um compromisso que a sociedade precisa ter todos os dias, com a prevenção e a mobilização, ou seja, com investimento em educação e na criação de canais para o acolhimento e denúncia. 

O Sindicato luta por uma sociedade onde todos vivam melhor, com mais justiça social, bem estar e democracia. Essa atuação vai além das conquistas do mundo do trabalho. 

Para agendar o atendimento, a mulher vítima de violência doméstica deve entrar em contato, via Central de Atendimento, que também atende pelo telefone 4949-5998, das 9h às 18h, de segunda a sexta, ou vir diretamente à Sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro). Os atendimentos serão realizados somente com agendamento prévio. O sigilo à vítima é garantido.

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