O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou atividade em frente à sede do Banco Daycoval, na Avenida Paulista, no final da manhã desta segunda-feira 8.
Em apoio a movimento dos próprios trabalhadores do setor de TI do banco, o Sindicato cobrou melhorias nas condições de trabalho para os bancários do setor, que estão sobrecarregados, e por respeito ao acordo que o banco firmou com a entidade sobre as mudanças no plano de saúde.
A presidenta do Sindicato, Neiva Ribeiro, destacou que o ato era por dignidade, por mais saúde, contra o assédio moral e sexual, por melhores condições de trabalho e em defesa dos empregos bancários.
“Muitos bancários e bancárias do Daycoval têm nos procurado porque estão insatisfeitos com as mudanças no plano de saúde. Além disso, estamos aqui com uma carta de reivindicações dos trabalhadores da TI que estão sofrendo por excesso de horas de trabalho e sobreaviso entre outros pontos importantes e urgentes”, disse Neiva, referindo-se a uma carta aberta redigida pelos bancários da TI.
“Vamos continuar presentes no Daycoval apostando no diálogo com o banco, mas também realizando atos como este, para dialogar diretamente com os funcionários, e reivindicando ao banco mais celeridade e capacidade de solução de problemas nas negociações”, disse Neiva.
A presidenta também informou que o Sindicato organizará protestos ao longo da semana, para cobrar o fim das demissões, fim das metas abusivas e dos assédios moral e sexual em bancos de investimentos, e que fazem uso intenso da tecnologia.
“Estamos lançando uma campanha contra demissões e metas abusivas. Segundo o Caged, de janeiro a outubro de 2023, houve a eliminação de 5.307 postos de trabalho nos bancos. Isso é um absurdo vindo do setor da economia com os mais altos lucros. Os bancos são os que distribuem os maiores dividendos para os acionistas, mas para os trabalhadores sobra desrespeito”, criticou.
Sobrecarga na TI
Em carta aberta ao banco, distribuída no ato desta segunda, os mais de 300 funcionários da TI pedem um diálogo construtivo com a direção para solucionar diversos problemas na área.
Entre as reivindicações estão:
- metas transparentes e sustentáveis para redução da rotatividade no setor;
- campanha imediata de sensibilização e de enfrentamento das práticas de assédio moral e sexual, sugerindo inclusive o uso de materiais do Sindicato;
- que o banco cumpra com o prometido no momento da contratação e implante o regime de “Flex Office”, com jornada de trabalho 3 por 2 (segunda, quarta e sexta, em home office, e terça e quinta, presencial);
- respeito à jornada de trabalho, com limitação das horas extras e do sobreaviso. Os trabalhadores reivindicam a ampliação das equipes de TI visando a redução das chamadas extraordinárias, ou seja, fora da jornada de trabalho, até mesmo em feriados e aos finais de semana;
- e que o Daycoval reconsidere a alteração unilateral do Plano de Saúde, que gerou descontentamento não apenas na TI mas em todo o quadro pessoal do banco.
Convênio Médico
Após mudanças unilaterais no plano médico os bancários continuam sem resposta para esta situação.
“O convênio médico é a proteção para a saúde dos bancários. Algo que também gera muita apreensão no banco. E o prazo para o retorno assumido pelo Daycoval tinha sido até esta última sexta-feira. O que não aconteceu. Sabemos que o RH está empenhado, mas precisamos de uma solução concreta, e vamos continuar cobrando”, destaca o diretor do Sindicato Marcelo Gonçalves.