São Paulo – A comissão de organização de empregados do Itaú reuniu-se com representantes do banco para discutir questões de segurança, sobretudo o novo conceito de agência adotado pela instituição, que dispensa vigilância armada e porta giratória.
Na reunião, na quinta-feira 27, foi feito um apelo para que o banco reveja a medida. “O Itaú alegou que, para serem rentáveis, essas novas agências precisam ser funcionais. Só que medidas de segurança como portas giratórias e vigilância armada não podem ser suprimidas em nome dessa suposta funcionalidade”, afirma o dirigente sindical Carlos Damarindo.
O Itaú se comprometeu a dar um retorno sobre a questão em março. “Esse novo conceito de agência é uma economia burra, pois expõe a riscos desnecessários trabalhadores, clientes e a sociedade. Esperamos que o banco tenha sensibilidade e repense a medida. O valor da vida humana é inestimável”, afirma Carlos.
A inovação, adotada pela agência 8087 (Centro), por exemplo, está em desacordo com a lei federal 7.102/83, que proíbe o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro que armazene valores ou movimente numerário e não possua sistema de segurança regulamentado pelo Ministério da Justiça.
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Pouco investimento – Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander) apresentaram lucros de R$ 42,2 bilhões de janeiro a setembro de 2013. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,4 bilhões, o que significa 5,6%, em média, na comparação com os lucros.
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Além dos parcos investimentos em segurança, os bancos descumprem seguidamente a lei federal nº 7.102/83. No ano passado, a Polícia Federal aplicou multas contra 28 bancos, no total de R$ 24,3 milhões, durante as reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp).
Rodolfo Wrolli – 27/2/2014
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Novo conceito que dispensa segurança foi repudiado pelos representantes dos trabalhadores; banco dará retorno sobre a questão em março
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