São Paulo – Está prevista para o dia 28 de fevereiro a implantação da Rede da Madrugada, que contará com 140 linhas operando na faixa da meia-noite às seis da madrugada, com frota de 500 ônibus. O projeto oferecerá linhas que seguirão o mesmo trajeto do Metrô no horário em que ele não funciona, seguindo, então, para outros bairros mais distantes.
As linhas que irão operar são divididas em estruturais e locais. As estruturais trafegarão de terminal a terminal, com intervalos de 15 minutos, em ônibus do modelo padrão, enquanto as linhas locais serão circulares nos terminais, atendendo os bairros com micro-ônibus, em intervalos de meia hora.
A estimativa é que 780 mil pessoas ao mês utilizarão a Rede, com maior demanda aos finais de semana. Além disso, o projeto também beneficia locais onde estão hospitais, delegacias e estabelecimentos do setor de entretenimento.
Bancários - Pesquisa realizada pela SPTrans aponta que os funcionários de instituições financeiras são a segunda categoria que mais utiliza transporte na madrugada. Dos entrevistados, 9% trabalham no setor de finanças, atrás apenas dos empregados de restaurantes (21%).
“Eu saio do trabalho uma da manhã e é complicado achar condução, por isso sou obrigado a vir trabalhar de carro”, conta um bancário do Centro Técnico Operacional do Itaú. “O banco fornece transporte até o metrô, que a essa hora já está fechado, e de lá a gente tem que se virar. Tem gente que fica fazendo hora no serviço até o metrô abrir”, acrescenta o trabalhador, que mora em Itaquera.
O levantamento mostrou ainda que sete em cada 10 entrevistados utiliza o sistema na madrugada mais de três vezes por semana e 78% viajam por motivo de trabalho. Dos pesquisados, 64,8% pegam mais uma condução de outro modal, como trem ou metrô.
Atualmente a cidade já conta com 100 linhas de ônibus operando durante a madrugada, das quais 12 fazem parte do projeto piloto da Rede, que está em curso desde novembro de 2013 na zona sul e de fevereiro de 2014 nas zonas norte e leste.
Rodolfo Wrolli – 6/2/2015
