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Conta de salas fechadas por Alckmin já soma 1.363

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Contagem do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo é só neste ano; desde 2015 já são mais de 4,3 mil
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São Paulo – De acordo com levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o número de salas de aula fechadas, apenas neste ano, na rede pública em todo o estado chegou a 1.363 na quinta 25. O que vem sendo chamado de “reorganização disfarçada” por professores e estudantes é visto com preocupação pelo sindicato. Desde 2015, já são mais de 4,3 mil.

> Apeoesp: Alckmin fechou 4,3 mil salas desde 2015

“Fechamento de classes e escolas não combina com qualidade da educação, mas esta não parece ser a preocupação do governo do estado de São Paulo”, afirma a Apeoesp. A capital e diversas cidades do interior tiveram salas fechadas, de acordo com o sindicato, com base em dados de 51 de suas 93 subsedes.

Apenas em Franca, no norte do estado, 45 salas foram fechadas pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB). O balanço anterior, divulgado na semana passada, registrava o fechamento de 1.160 salas. Foram 203 turmas extintas em uma semana.

Coletivos de estudantes e professores demonstram, pelas redes sociais, indignação com o que chamam de 'reorganização disfarçada'. “Infelizmente ou felizmente não fecharam a escola Emílio Souza Penna, na zona norte de São Paulo, mas sem autorização mudaram o horário do meu filho que já era estudante desta escola. Mas quando iniciaram as aulas a surpresa: ele terá que estudar à noite em um local de difícil acesso”, relata a mãe de um estudante na página “Não fechem minha escola”, do Facebook.

A gestão de Alckmin havia apresentado no ano passado a proposta de “reorganização” do ensino. Com ausência de diálogo com estudantes, professores e comunidade, a reação veio em cadeia. Para evitar o possível fechamento de ao menos 94 escolas, jovens iniciaram um movimento de ocupação de escolas por todo o estado. No auge, foram 213 escolas. Com o apoio de entidades sindicais, artistas e de toda a sociedade civil, a intensa mobilização culminou com a queda do então secretário da Educação, Herman Voorwald, e a rejeição do processo pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.


Rede Brasil Atual - 25/2/2016

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