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Atenção: todo cuidado é pouco ao utilizar o MOC

Linha fina
Itaú monitora todas as conversas do seu sistema interno de comunicação e as utiliza como provas documentais para fundamentar demissões por justa causa; Sindicato alerta que diálogos devem ser restritos a temas estritamente profissionais
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Arte: Fabiana Tamashiro

São Paulo – Todo cuidado é pouco ao utilizar o MOC, sistema interno de comunicação do Itaú semelhante ao Google Hangouts ou Messenger. O Sindicato apurou demissões de funcionários causadas por trocas indevidas de mensagens. É importante reforçar que o banco monitora todos os diálogos via MOC e também o e-mail, e os utiliza como provas documentais para justificar demissões por justa causa.

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O Itaú possui um sistema de avaliação comportamental chamado Eixo X Eixo Y. Nele, os subordinados classificam o comportamento dos gestores e vice-versa. Os funcionários também se avaliam entre si. Alguns trabalhadores trocaram mensagens via MOC combinando avaliações. O banco monitorou esses diálogos, considerou a atitude fraude e demitiu os envolvidos por justa causa. 

Práticas que violam o código de ética do Itaú tampouco devem ser feitas em hipótese alguma. Se, por exemplo, o bancário faz uma venda casada e comunica via MOC que fez esse procedimento o banco utiliza o diálogo como prova para demitir por justa causa. Lembrando que venda casada é uma prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor e se coverte em reclamação procedende no Banco Central. 

“Agora, com a reforma trabalhista e com o avanço cada vez maior das tecnologias sobre as operações, o banco pretende enxugar cada vez mais o quadro de funcionários e está utilizando qualquer motivo para demitir. Além disso, os instrumentos de monitoramento estão cada vez mais aperfeiçoados, por isso, todo cuidado é pouco”, alerta o dirigente sindical e bancário do Itaú Júlio César Silva Santos.

Atenção, bancários! Não deem tiro no pé 

Em outro caso apurado pelo Sindicato, bancários de uma agência foram demitidos após trocarem mensagens de cunho racista relacionados a uma colega negra. 

Por isso, fica o alerta: o MOC só deve ser utilizado para questões estritamente profissionais. Mensagens de cunho racista, homofóbico, xenófobo, assim como fofocas sobre colegas, não devem ser feitas em hipótese alguma, pois além de o banco monitorar as mensagens, configuram crime e são atitudes que a sociedade deve banir.   

Além disso, o Sindicato também orienta os bancários a tomarem muito cuidado com os conteúdos postados nas redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter ou qualquer outra, porque o banco também monitora constantemente os perfis dos seus funcionários.  

Os bancários que tiverem dúvidas ou se sentirem prejudicados por qualquer motivo podem e devem procurar o Sindicato. “O canal mais adequado e confiável para tratar sobre essas questões é o Sindicato”, orienta Júlio César. 

Fortaleça a luta ao lado do Sindicato

Os trabalhadores podem entrar em contato com o Sindicato por meio da Central de Atendimento (3188-5200), pelo Whatsapp da entidade (11 97593-7749), pelo canal de denúncias Assuma o Controle ou ainda diretamente com um dirigente.

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