Falta de funcionários, assédio moral, selfies e salário emergencial foram alguns dos assuntos abordados em reunião com a direção do Bradesco. A reunião ocorreu na terça-feira 12, na Cidade de Deus, em Osasco.
A secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, e as dirigentes sindicais Erica Oliveira e Sandra Regina levaram à mesa diversas queixas que os funcionários têm trazido ao Sindicato como: excesso de trabalho devido à falta de funcionários, cobrança por metas abusivas, excesso de ligações e mensagens via celular corporativo, a insistência de alguns gestores em forçar a barra com as selfies (bancários têm que tirar fotos com novos clientes), o que tem causado muitos constrangimentos aos bancários, além de denúncias de assédio moral para serem solucionadas.
Além das reclamações relacionadas às condições de trabalho, o Sindicato levou também à direção do banco um pedido de simplificação de acesso à cláusula 57 da CCT, que prevê salário emergencial quando os bancários não conseguem perícia no INSS e são considerados inaptos pelo médico do banco.
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A secretária-geral reforçou também a importância da participação dos trabalhadores na discussão sobre o PDE (Prêmio de Desempenho Extraordinário), que o banco está regulamentando e pretende apresentar até março para os trabalhadores. A COE do Bradesco (Comissão de Empresa dos Empregados), da Contraf-CUT, já cobrou reunião para esclarecimentos sobre a regulamentação do programa e aguarda retorno.
"Um programa de remuneração própria é uma expectativa antiga dos bancários do Bradesco, e consta na nossa pauta de reivindicação já há algum tempo, esperamos que ela seja construída com a participação dos trabalhadores, para que a distribuição seja justa e recompense o trabalho de todos na busca pelo resultado”, diz Neiva Ribeiro.
Lucro crescente
O Bradesco divulgou recentemente seu balanço e teve um lucro líquido que ultrapassou 19 bilhões, em 2018, isso demonstra que é possível atender muitas das reivindicações de seus trabalhadores, entre elas, mais contratações.
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“É importante que os bancários continuem procurando o Sindicato para denunciar as condições de trabalho que não estejam adequadas, as cobranças excessivas para o cumprimento das metas e o assédio moral para que possamos cobrar e mudar essas situações", finaliza.