Três meses depois do encerramento da participação dos cubanos no programa federal Mais Médicos, devido às ameaças feita pelo presidente Jair Bolsonaro, algumas cidades ainda aguardam reposição dos profissionais, como no município de Mauá, na região do ABC paulista. De acordo com reportagem do Seu Jornal, da TVT, havia 33 médicos cubanos enquanto o convênio estava firmado mas, desde a saída, a reposição está sendo difícil, com nove médicos a menos no quadro de profissionais. Bolsonaro falou em reposição com médicos brasileiros formados no exterior.
No entanto, ao repórter Jô Myiagui, o conselheiro de saúde José Hora aponta certo temor com a alternativa uma vez que, segundo ele, muitos médicos não querem trabalhar na periferia. "Já veio médico aqui e desistiu de trabalhar na unidade, por isso que a gente está mostrando essa falta de profissionais."
Com o quadro ainda reduzido, o aposentado Dercídio José de Freitas, cadeirante há mais de 10 anos, se queixa que desde a saída dos cubanos não tem recebido mais atendimento domiciliar que integra o programa Médico da Família. "Está bem difícil, agora as enfermeiras vieram porque o vizinho foi até lá e reclamou", lamenta.
Assista à reportagem: