Com o início do ano legislativo, os trabalhadores têm pela frente uma grande luta: a defesa da aposentadoria. De acordo com minuta da proposta vazada pela imprensa, homens e mulheres terão idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, não existirá mais aposentadoria por tempo de contribuição, e para se alcançar o benefício integral, o trabalhador terá de contribuir por 40 anos.
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Também querem introduzir a capitalização em contas individuais, modelo semelhante ao chileno, hoje alvo de grandes manifestações devido ao empobrecimento dos idosos no país.
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Consulta na base
Para impedir que a proposta seja aprovada e a aposentadoria torne-se impossível para milhões de brasileiros, e miserável para outros milhões, o Sindicato e as centrais sindicais já preparam a luta em defesa de uma Previdência, que inclui seguridade social, digna, pública, solidária e para todos. Entre os dias 6 e 12, o Sindicato percorrerá locais de trabalho para consultar bancários sobre formas de mobilização e, no dia 20, centrais sindicais realizaram assembleia naciona na praça da Sé.
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“As pessoas vão trabalhar até morrer. Dos 96 distritos de São Paulo, 36 têm a expectativa de vida inferior a 65 anos. No caso dos bancários, sabemos que os bancos têm como prática a demissão de funcionários antigos, com salários mais altos. Imagine a dificuldade de se procurar emprego próximo da aposentadoria ou do tempo de contribuição para o benefício integral”, diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
“Ou nos mobilizamos ou trabalharemos até morrer. Os bancários nunca se furtaram da luta e, com certeza, mais uma vez estaremos nas primeiras fileiras das mobilizações em defesa da aposentadoria”, conclama.
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