O Sindicato recebeu denúncias, fundamentadas em provas, de que a Superintendência São Paulo Centro da Caixa está cobrando metas por meio de aplicativo de mensagens. A prática é proibida pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, no parágrafo primeiro da cláusula 39: “no monitoramento de resultados, os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados. Parágrafo primeiro - É vedada, ao gestor, a cobrança de cumprimento de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado”.
“Recebemos denúncias de que gestores estavam recebendo cobranças por metas em um grupo de gerentes gerais da superintendência Centro. Os relatos, inclusive, dão conta de que chegam cinco desafios por dia, de que os gerentes nunca estiveram tão estressados. O clima está terrível”, relata a dirigente sindical e empregada da Caixa Tamara Siqueira.
“O Sindicato já entrou em contato com a superintendente, que não veio para São Paulo ainda, e, por sua vez, alega que só estaria passando os objetivos para os gestores no começo do dia. Entretanto, estamos fazendo a denúncia, pois a alegação não condiz com o que foi apurado. Inclusive, o horário da mensagem é 19h34, fora do expediente. Teremos uma reunião com as superintendências na próxima semana, com a expectativa de que essa questão seja esclarecida e de que alinhemos um posicionamento firme para que não ocorra mais este tipo de prática, proibida na nossa CCT”, acrescenta.
Gestores que receberam cobranças por meio de mensagens no celular podem fazer a denúncia ao Sindicato enviando prints para o WhatsApp do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho (11 97333-2513). O sigilo é garantido.
"Quanto mais elementos tivermos para exigir na reunião o fim desta prática, mostrando que não é caso isolado, mais força teremos para que essa situação não se repita. Além disso, a situação é tão absurda que vamos futuramente fazer uma exposição destas imagens para mostrar o nível de desrespeito com o empregado da Caixa, amplificando ainda mais a nossa denúncia", conclui Tamara.