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Chapéu
Conquista Feminina

Há 89 anos, mulheres votaram pela primeira vez no Brasil

Linha fina
Data é celebrada no país em 24 de fevereiro, quando o Código Eleitoral passou a assegurar o voto feminino
Imagem Destaque
Freepik

Nesta quarta 24, completam-se 89 anos que as mulheres conquistaram o direito ao voto. Somente em 24 de fevereiro de 1932, o Código Eleitoral passou a assegurar o voto feminino, porém, apenas mulheres casadas, com autorização dos maridos, e para viúvas com renda própria. Essas limitações deixaram de existir apenas em 1934, quando o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal.

Porém, a luta das mulheres começou cinco anos antes, com a professora Celina Guimarães Viana, quando conseguiu o registro para votar, ao solicitar a inclusão de seu nome na lista de eleitores da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Uniu-se a essa luta a advogada Berta Lutz, que participou das primeiras entidades de defesa dos direitos das mulheres no Brasil, das campanhas das sufragistas e de grandes greves e mobilizações das mulheres trabalhadoras que se empenharam não só pelo direito ao voto, mas para o reconhecimento da cidadania integral, com igualdade de direitos. 

“É importante lembrar que nossa luta é permanente e, apesar dos avanços, temos ainda muitos desafios pela frente. Não basta só a mulher votar, ela precisar ocupar cada vez mais os espaços públicos e ter vez e voz na política. Mas ao mesmo tempo que temos de lutar pelos nossos direitos, temos de somar às nossas lutas pautas como o combate à violência doméstica, desemprego, família e várias outras questões que surgem no dia a dia", destaca Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, enfatiza que no momento atual em que o país enfrenta a pandemia e diante da linha política que vem seguindo o governo federal, as mulheres têm sido as mais prejudicadas e, por isso, precisam avançar ainda mais nos debates e ocupar cada vez mais espaços na política.

"No momento em que as decisões desastrosas do governo levaram à morte mais de 250 mil pessoas, desempregaram mais de 13 milhões de pessoas, o corte brusco do auxilio emergencial deixou sem amparo mais de 4 milhões de familias. São todas políticas que impactam mais a vida das mulheres. Por isso, é justo que mais mulheres ocupem espaço na politica, primeiro debatendo para eleger representantes que votem a favor das suas pautas e das pautas que lhe afetam e depois, para que ela própria ocupe os espaços de decisão e poder para fazer as politicas públicas que sirvam a todos", ressalta a dirigente.

Março, Mês da Mulher

O 24 de fevereiro antecede o início da campanha Março, Mês da Mulher que terá calendário de ações que começam nesta semana e serão realizados em conjunto entre entidades sindicais. 

A primeira delas é uma plenária virtual da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), que vai debater a luta das mulheres e o voto feminino. O evento ocorre na quarta-feira 24, às 17h, pelo Facebook e pelo Youtube da CUT-SP. Participam a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e a vereadora Juliana Cardoso (PT-SP), com mediação da secretária da Mulher da CUT-SP, Márcia Viana.

A segunda plenária virtual será na quinta-feira 25, das 18h às 19h30, na página da Contraf-CUT no Facebook. O encontro definirá propostas de atividades a serem realizadas no mês de março e também a mobilização das mulheres no atual contexto político brasileiro e a atuação feminina no parlamento. 

A live terá participação das dirigentes sindicais Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT; Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região; Suzineide Rodrigues, presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco; Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro; Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará; e Magali Fagundes, presidenta do Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), além da deputada estadual Erika Kokay (PT-DF) e da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT-MG), com mediação de Elaine Cutis (Contraf-CUT).

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