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Chapéu
Pandemia

Bancários do Bradesco correm riscos de infecção pela Covid-19 no Projeto Fidelize

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Arte em desenho na cor púrpura mostra uma mulher saindo de uma agência com um balão com a palavra "socorro". A agência está lotada e da sua porta aberta saem coronavírus

Os bancários do Bradesco lotados em Itapecerica da Serra relataram ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região preocupação e um cenário que resulta em riscos de infecção pela Covid-19 por causa do “Projeto Fidelize”, que consiste em uma força tarefa para atendimento de uma nova folha de pagamento de clientes.

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O local inicial proposto para a execução do projeto seria o ginásio esportivo do município, que possui capacidade de público e estrutura para uma ação dessa magnitude – a nova folha de pagamentos é composta por mais de duas mil novas contas.

Porém, por decisão do Bradesco, o projeto foi transferido para uma agência bancária, que não possui condições seguras de atendimento por conta da pandemia. O Sindicato apurou que a iniciativa envolve cerca de 40 funcionários, convocados de diversas agências.

“Desde o início de janeiro de 2022, o protocolo de Covid-19 já teve de ser ativado pelo menos quatro vezes naquela agência devido a casos de infecções. Tendo em vista as condições de infraestrutura de trabalho, os números de contaminações tendem a crescer. Pois, além do atendimento normal da agência, há o fluxo desses novos clientes que, mesmo com agendamento, sobrecarregam a capacidade de atendimento.”

Fernanda Reis, dirigente sindical e bancária do Bradesco

Irregularidades em série

As falhas no cumprimento dos protocolos de segurança contra a Covid-19 no Bradesco em Itapecerica foram reportadas por bancários por meio de consulta feita pelo Sindicato com os trabalhadores de bancos sobre a nova variante do coronavírus, e a efetividade das normas de proteção contra a doença aplicado pelos bancos.

Em visita à agência escolhida para sediar o Projeto Fidelize, os dirigentes do Sindicato observaram o controle de acesso na porta da agência, uso de máscaras, disponibilidade de álcool gel e algumas barreiras de proteção de acrílico no atendimento. Porém também foram constatadas diversas irregularidades, como superlotação, falta de distanciamento social, ambientes com condições insalubres de ventilação, aglomeração de funcionários e clientes e refeitório com capacidade para apenas duas pessoas.

O Sindicato cobra do Bradesco uma mudança de estratégia que possa sanar esses problemas a fim de garantir o mínimo de tranquilidade e segurança para os trabalhadores. Também está cobrando passaporte vacinal para os clientes no controle de acesso. Essa reivindicação foi apresentada em negociação com a Fenaban. A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco cobra ainda reunião com o banco para discutir esta e outras questões.

“Os bancários temem a contaminação no local de trabalho, pois a aglomeração é um fato, e o contato com colegas e clientes é praticamente inevitável. Também vários empregados relatam que possuem familiares nos grupos de riscos e temem as próprias sequelas da Covid-19, que são imprevisíveis e podem durar pelo resto da vida. É fundamental que um banco tão grande e lucrativo ofereça melhores condições de trabalho e respeite as recomendações de saúde em um momento em que a pandemia novamente está piorando”, afirma Fernanda.

Importante enfatizar que os problemas foram identificados pelo Sindicato graças à participação dos bancários nos questionários, consultas e encaminhamentos de denúncias nos canais da entidade (veja abaixo), e por meio do trabalho dos dirigentes e funcionários.

“Quem faz o Sindicato somos todos nós, mas principalmente os bancários. Por isso é fundamental reportar para a entidade os problemas existentes nos locais de trabalho, para que possamos cobrar o banco. Sindicalize-se [preencha formulário no final do texto] e participe para que o trabalho do Sindicato seja cada vez mais eficiente”, afirma Fernanda.

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