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Quarenta dias de filas com 15 horas na telemedicina escancara desmonte da Cassi

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Logo da Cassi sobre desenho com mostrando teleatendimento médico, e um fundo rachado

A direção da Cassi levou mais de 40 dias para solucionar o tempo de espera da telemedicina da Cassi, que, em alguns dias, obrigou os associados a ficarem mais de 15 horas na fila para o atendimento. Isso em meio ao agravamento da pandemia de coronavírus – situação que levou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região a cobrar a gestão do plano. A direção da caixa de assistência enviou mensagem aos associados nesta sexta-feira 4 informando que aumentou o número de atendentes a fim de reduzir a fila.

A dirigente sindical e membro do conselho de usuários da Cassi Juliana Carminato enfatiza que a terceirização do atendimento médico resultou na diminuição da Estratégia Saúde da Família (ESF).

“A direção da Cassi alega que a terceirização reduz custos. Mas por outro lado também acabou com a Estratégia Saúde da Família, uma vez que os médicos terceirizados não têm acesso ao acompanhamento do histórico de doenças dos associados e de suas famílias - objetivando a prevenção de doença -, e de pessoas com enfermidades crônicas. Tudo isto resultou na piora e na demora para o atendimento”, afirma.

Carminato acrescenta que, no começo da pandemia, quando os atrasos na telemedicina começaram a ocorrer, a direção da Cassi alegou que o sistema estava sobrecarregado. “De fato não era o sistema sobrecarregado. Era a falta de boa vontade da gestão da Cassi de contratar mais pessoas. Aí eles conseguiram resolver a situação só agora, às vésperas das eleições?”, questiona a dirigente.

Para Claudio Said ex-gerente executivo da Cassi, se existisse planejamento adequado, a oferta do serviço acompanharia a demanda, com respostas rápidas. “A Cassi não esperaria 40 dias com o associado numa espera interminável pelo do atendimento. A saúde não espera. Quantos de nós ficamos sem atendimento?”, questiona.

Ainda segundo Said, a direção da Cassi não tem estratégia para atuar na pandemia, mesmo depois de dois anos do seu início. “A atual direção não tem planejamento em Gestão em Saúde, nem rapidez de resposta para as demandas de sua população. Sabe apenas dourar a pílula e apresentar resultados que não foram capazes de produzir, pensando na campanha para eleição de Diretor e Conselheiros que se aproxima, querendo justificar a incompetência do candidato da situação”, afirma.

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