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Marcha reúne 50 mil em Brasília

Linha fina
Sindicato, CUT e demais centrais sindicais defendem pauta dos trabalhadores que, entre outros pontos, exige adoção da Convenção 158 da OIT que coíbe demissões imotivadas
Imagem Destaque

São Paulo - “A CUT afirma em alto e bom tom: a ação conjunta fortalece o nosso protagonismo. Hoje não vamos apenas entregar nossa pauta à presidenta Dilma, mas defender que se consolide um processo de negociação perene com o governo, como se fosse uma grande campanha nacional unificada das centrais, que garanta avanços, fundamentais para a sustentação do projeto democrático e popular que ela representa”, declarou Vagner Freitas, presidente da CUT, durante a manifestação que reuniu cerca de 50 mil trabalhadores em Brasília.

A 7ª Marcha dos Trabalhadores, realizada na quarta 6, teve como mote deste ano “Em Defesa da Cidadania, do Desenvolvimento e da Valorização do Trabalho” e foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Foça Sindical, além de movimentos sociais.

A pauta de reivindicações é composta por 11 tópicos, entre os quais o fim do fator previdenciário; política de valorização dos aposentados; igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; correção da tabela do imposto de renda e a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe demissões imotivadas.
Segundo Vagner Freitas, todas as conquistas obtidas pelos trabalhadores no último período, como a política nacional de valorização do salário mínimo, deveram-se à atuação unitária das centrais.

O Sindicato foi representado por bancários da ativa e aposentados, que lotaram quatro ônibus em direção a Brasília. “A Marcha uniu trabalhadores do campo e da cidade. As reivindicações englobam questões essenciais para os bancários como a adoção da Convenção 158, que seria instrumento importante contra dispensas em massa não apenas nos bancos, mas em todos os setores da economia”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, que também participou da manifestação. “Outros pontos fundamentais são o fim do fator previdenciário, o qual diminui os benefícios pagos a aposentados, e a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, tema que temos debatido intensamente com os bancos.”

Trajeto - A caminhada durou pouco mais de três horas e percorreu parte do chamado Eixo Monumental, avenida central de Brasília, saindo do Estádio Nacional Mané Garrincha e terminando no Congresso Nacional.

Homenagem a Chavez – Durante a manifestação, Vagner Freitas fez saudação especial ao presidente venezuelano Hugo Chávez, falecido na terça 5. “Junto com Lula, Chavez lutou para construir uma integração inclusiva, com base na soberania e na autodeterminação de nossos países e povos, e não na submissão a quem quer que seja”, declarou.
Em frente ao caminhão de som convertido em palanque, a CUT ergueu grande faixa com o rosto do presidente venezuelano e os dizeres “Hugo Chávez, presente!”

Entrega a Dilma – O final da Marcha foi marcado pela audiência dos representantes das centrais sindicais com a presidenta Dilma Rousseff. No encontro foi entregue a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

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Jair Rosa com informações da CUT – 6/3/2012
 

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