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Sindicato recebe debate sobre desigualdade racial

Linha fina
Encontro Combatendo as Desigualdades, promovido pela Secretaria de Combate ao Racismo da CUT/SP, será preparatório para conferências nacionais
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São Paulo - A Secretaria de Combate ao Racismo da CUT/SP vai realizar na terça-feira 26, das 9h às 17h, o encontro Combatendo as Desigualdades. O evento vai ocorrer no Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro).

Entre os convidados estão confirmadas as presenças do presidente da CUT estadual, Adi dos Santos Lima; do presidente do Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial (Inspir), Ramatis Jacino;  do representante do Fórum Nacional de Juventude Negra, Morfy Bomanni; de  Edgar Amaral pelo SOS Racismo e de Cátia Cristina, pela Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Sepir).

O encontro pretende preparar os participantes para a 3ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), que ocorrerá em meados de novembro, e para a 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae). Serão abordados temas como cotas e a efetiva aplicação das leis 10.639/02 e 11.645/08 – que tornam obrigatório o ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena nas escolas públicas e particulares municipais e estaduais.

A 1ª Conferência Estadual de Educação Étnico Racial do Estado de São Paulo, a 1ª Conferência Livre da Educação “A CUT na Luta por uma Educação Pública de Qualidade para a Classe Trabalhadora e o 1º de Maio CUT - Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade – “Verde que te quero verde” também serão debatidos.

Segundo Rosana Aparecida da Silva, secretária de Combate ao Racismo da CUT/SP, o evento pretende não apenas preparar os participantes para as conferências que vão ocorrer neste e no próximo ano, como discutir de forma qualificada os temas da desigualdade e da discriminação junto aos movimentos sindicais. “Queremos fazer um debate unificado com os trabalhadores da base, ativistas e entidades negras sem perder o eixo que é combater a desigualdade no mundo do trabalho, de acordo com as convenções 100 e 111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”, afirma.

No final do encontro, os participantes pretendem elaborar uma cláusula para ser incorporada na luta do movimento sindical, que contemple os trabalhadores negros no mercado de trabalho. “Os dados do Dieese comprovam que o rendimento dos negros hoje corresponde a 61% do valor recebido pelos brancos. Ou seja, os negros ganham atualmente o valor médio de R$ 6,28 por hora, enquanto os não negros recebem R$10,30. Isso demonstra a necessidade de construir essa proposta”, conclui Rosana.


 Vanessa Ramos, da CUT/SP - 25/3/2013

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