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MTST cobra movimentos sociais no Comitê da Crise

Linha fina
Após marcha que reuniu milhares em São Paulo, representante do governo estadual prometeu também rever contratos de grandes consumidores
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São Paulo – Integrante da secretaria executiva do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, José Afonso Silva, em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta segunda-feira 2, afirma que o governo de São Paulo comprometeu-se a incluir representantes dos movimentos sociais no Comitê da Crise Hídrica, colegiado que reúne prefeituras, secretarias de governo, entidades não governamentais (ONGs), universidades e institutos de defesa do consumidor. Ele cobra o compromisso.

> Áudio: ouça a entrevista completa da Rádio Brasil Atual

Na reunião mais recente do Comitê, participaram como convidadas entidades como as federações da indústria e do comércio. Porém, o representante do MTST cobra a inclusão de movimentos populares que já vêm discutindo a questão, e também dos sindicatos. "Tem que ter participação civil, não é possível que a população fique apenas acompanhando as decisões dos governos, pagando multa etc sem poder dar a sua opinião."

O compromisso com o chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, foi firmado após marcha, na sexta-feira 27, que contou com a participação de milhares de pessoas que saíram do Largo da Batata, na zona oeste, e seguiram até o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista, no Morumbi, zona sul.

> Marcha contra racionamento seletivo de Alckmin

O MTST afirma que o governo, na reunião, comprometeu-se a rever os contratos de demanda firme, quando indústrias e empresas tem desconto especial e pagam um valor menor em grandes volumes de água. "Dar uma promoção para um gastador em uma conjuntura em que se está penalizando a população com falta d’água, com multa? É um absurdo", indignou-se José Afonso.

O governo também prometeu distribuir caixas d'água, filtros e caminhões-pipas para as regiões que vivenciam o racionamento. Quanto à possibilidade de cancelar o reajuste das contas e a aplicação de multas, outras demandas do movimento, não houve negociação.


Rede Brasil atual - 3/3/2015

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