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Chapéu
Conquista

Bancários poderão usar nome social no expediente

Linha fina
Se solicitada pelos funcionários, bancos farão alteração da identidade em crachás, e-mails, cartões de visita e portais internos; reivindicação do movimento sindical foi acatada em mesa de Igualdade de Oportunidades
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Foto: Jailton Garcia

São Paulo – A Fenaban (federação dos bancos) acatou reivindicação do movimento sindical para o reconhecimento do uso do nome social no setor financeiro. Em mesa de Igualdade de Oportunidades, realizada na segunda-feira 20, a federação dos bancos informou que, caso solicitado pelo funcionário, as instituições farão a alteração da identidade em crachás, e-mails, cartões de visita e portais internos.

“O reconhecimento do nome social é um grande avanço para os trabalhadores do setor financeiro e para toda a sociedade. Também faz parte da atuação do Sindicato o combate a qualquer forma de preconceito e discriminação no ambiente de trabalho. O respeito à identidade de gênero dos indivíduos é um direito de todos e deve ser contemplado também em negociações coletivas”, comemora a diretora do Sindicato Neiva Ribeiro. 

Já em relação aos documentos oficiais do banco, o bancário terá que obter o reconhecimento judicial da identidade social e depois solicitar a mudança.

“Reconhecermos a escolha da identidade de gênero do indivíduo abre espaço para que o ambiente de trabalho torne-se mais saudável, impedindo que o preconceito seja uma fonte de avaliação para o crescimento de um profissional, ou que seja tratado de forma distinta dos seus colegas ou pelos próprios colegas. Fora o convívio no trabalho, o uso do nome social durante o expediente bancário colabora para que a sociedade, tendo em vista o grande números de clientes neste setor, compreenda e respeite a as pessoas trans”,  avalia uma bancária do Itaú, membro do grupo de estudos LGBT do Sindicato. 

“A importância do reconhecimento do nome social no ambiente bancário é um grande passo para as pessoas transgêneras. A população LGBT dentro do espaço bancário é muito tímida. As pessoas normalmente não se identificam, não se expõem. Nosso ambiente de trabalho é totalmente machista e homotransfóbico. Essa conquista é muito válida e acima de tudo é respeitar o indivíduo”, acrescenta uma bancária do Santander, também integrante do grupo de estudos LGBT do Sindicato.         

Gênero – Sobre a questão da desigualdade de gênero no setor, principalmente em cargos de comando, a Fenaban apresentou dados que indicam uma melhora na ascensão profissional da mulher, 38% de acordo com pesquisa da própria federação dos bancos. Porém, reconheceu que é necessário melhorar, uma vez que as mulheres representam cerca de 50% do setor financeiro.

“É importante manter nossa mobilização para continuar avançando em relação à igualdade de oportunidades no setor financeiro, na ascensão profissional dentro dos bancos. A questão da igualdade de oportunidades e valorização da diversidade é debatida de forma permanente pelo Sindicato na categoria e também com o conjunto da sociedade. Embora ainda insuficientes, os avanços obtidos mostram que a mobilização da categoria é o caminho para novas conquistas”, avalia Neiva. 

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Paternidade responsável - A próxima reunião da mesa de Igualdade de Oportunidades será no dia 15 de maio, quando representantes dos bancários apresentarão o Programa de Paternidade Responsável oferecido pelos sindicatos e ideias para uma campanha de conscientização contra a discriminação no sistema financeiro.

 

 

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