São Paulo – Pelo segundo bimestre consecutivo, o Bradesco aparece no topo do ranking de reclamações ao Banco Central. Nos meses de janeiro e fevereiro o banco registrou 1.598 queixas consideradas procedentes e índice 17,28.
As queixas de clientes e usuários contra o Bradesco estão relacionadas com oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada (201); irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços (173); e débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente (169).
“A insatisfação de clientes com o Bradesco é resultado direto da gestão do banco, que demite cada vez mais, sobrecarregando bancários e precarizando o atendimento. Mesmo com lucro superior a R$ 17 bilhões em 2016, nos últimos três meses do ano passado o Bradesco fechou 1.129 postos de trabalho. Somente em São Paulo, Osasco e região, entre dezembro e janeiro, 533 trabalhadores foram demitidos”, avalia a diretora do Sindicato e bancária do Bradesco, Neiva Ribeiro.
Bancos públicos – Completam o incômodo pódio de reclamações o Banco do Brasil (1.024 reclamações procedentes e índice 17,25) e a Caixa (1.286 reclamações procedentes e índice 15,35). Os dois bancos públicos passam por um processo de desmonte pelo governo federal, com corte de milhares de postos de trabalho, através de planos de demissão incentivada, e redução no número de agências.
Em quarto lugar do ranking aparece o Santander (514 reclamações procedentes e índice 13,75) e em quinto o Itaú (790 reclamações procedentes e índice 11,54).
Ranking do BC – O ranking do Banco Central é elaborado com base em um índice que considera o número de reclamações procedentes dividido pelo número de clientes, multiplicado por um milhão.