São Paulo – Sem a mesma PLR (Participação nos Lucros e Resultados), nem os mesmos reajustes e outros direitos da categoria bancária. Essa é a situação dos trabalhadores do Centro de Monitoramento de Agências (CMA), totalmente terceirzado pelo Banco do Brasil no início de 2016 e que serve ao funcionalismo como exemplo da perda de direitos.
“Antes dessa medida da direção do BB, as pessoas que lá trabalhavam eram concursadas como os demais funcionários. Agora são prestadores de serviço que estão no setor, cujo trabalho se refere à segurança remota na instituição. Essas pessoas têm salários menores em relação ao funcionalismo e nem sequer têm o vale-alimentação”, afirma a dirigente sindical Silvia Muto. “No caso do CMA o que temos apontado é que o que está em jogo não é apenas a precarização do trabalho, mas também a responsabilidade da instituição financeira no que se refere à segurança. Assim temos cobrado em reuniões que seja revisto a terceirização no banco público.”
Silvia cita ainda que a redução de direitos, infelizmente, é a tônica dos processos de terceirização. “Os antigos funcionários do CMA foram transferidos para outros locais de trabalho, garantindo a manutenção de seus direitos. No entanto, com a redução de postos por meio dos planos de apoio a aposentadoria, é grande o risco de outros setores terem o mesmo destino. O resultado, caso não reagirmos à terceirização, será a redução ainda maior no quadro de funcionários contratados via concurso pelo banco.”